São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997 |
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Para Rainha, sem-terra têm raiva da UDR e do governo
JOSÉ MASCHIO
Ao comentar o anúncio da retomada das invasões de terra na região do Pontal, ele disse que "não seria pelego de ter uma postura de reprimir os trabalhadores". Segundo ele, a "companheirada está enfezada". Essa irritação seria contra a "impunidade dos fazendeiros da UDR". "Eles balearam companheiros, possuem armas e não são processados", disse. Rainha responsabiliza também os governos federal e estadual, que não cumprem promessas feitas para assentar sem-terra. "O governo promete crédito para a fecularia e diz que vai solucionar a questão agrária, mas nada faz. Assim fica difícil as ocupações não acontecerem", disse o líder do MST. Segundo ele, o acirramento dos ânimos no Pontal do Paranapanema poderá produzir "uma nova Eldorado do Carajás". Em abril de 96, confronto entre PMs do Pará e sem-terra resultou na morte de 19 trabalhadores em Eldorado do Carajás, no sudoeste do Estado. O MST tem programada uma assembléia para as 10h de amanhã em frente à fazenda São Domingos, em Sandovalina (SP). Segundo Rainha, existem 14 mil famílias cadastradas no Pontal e a assembléia deste domingo "deverá reunir muita gente". Colaborou a Agência Folha, em São José do Rio Preto Texto Anterior: PM faz blitz, mas não acha armas Próximo Texto: Fazendeiros fazem ato hoje no RS Índice |
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