São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997
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Pai de índio quer encontrar Iris

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Os pais do índio Galdino José dos Santos vão pedir na segunda-feira, em Brasília, uma audiência ao ministro da Justiça, Iris Rezende.
"Queremos sensibilizar o ministro a entrar na campanha nacional pela modificação do despacho da juíza Sandra Mello contra os assassinos do meu filho", disse Juvenal dos Santos, 63, pai do pataxó queimado vivo.
Ontem, em Itabuna (469 km ao sul de Salvador), o líder da tribo pataxó hã-hã-hãe em Pau Brasil (528 km ao sul da capital), Wilson de Jesus Santos, disse que os pais de Santos vão permanecer em Brasília até o final da próxima semana.
"Eles vão visitar as principais entidades de direitos humanos do Brasil e exterior para denunciar a manobra que a Justiça pretende fazer para absolver estes assassinos."
Santos disse também que cerca de 500 índios da tribo pataxó hã-hã-hãe devem fazer no início da próxima semana uma manifestação em frente à sede do Ministério da Justiça, em Brasília.
"Também estamos programando uma manifestação no local onde ele foi queimado."
Wilson de Jesus Santos é sobrinho do índio assassinado. Segundo ele, a decisão da juíza Sandra Mello é um estímulo à impunidade e à violência.
"Certamente ela foi pressionada por alguém para tomar uma decisão que revoltou todo o Brasil", disse Wilson de Jesus Santos.
O líder pataxó disse que acredita na mudança da decisão da juíza.

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