São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997 |
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A sorte do Cruzeiro e o basquete de Kim Jong-il
MATINAS SUZUKI JR.
Disse ele: "O Cruzeiro de hoje tem uma coisa que o time de 76 (Raul, Nelinho, Piazza, Zé Carlos, Eduardo, Palhinha, Jairzinho e Joãozinho), ou mesmo o de 66 (Raul, Pedro Paulo, Procópio, Piazza, Dirceu Lopes, Natal, Evaldo e Tostão), não tinham: sorte". * Com sorte ou sem sorte, lembro que o Borussia tem pelo menos dois jogadores admiráveis, desses que podem levar a Alemanha a um bom papel na Copa da França: Matthias Sammer e Andreas Moeller. * O Cruzeiro tem três jogadores três vezes campeões da Libertadores: Vítor, Elivélton e Palhinha, que foram bi pelo São Paulo (92 e 93). Se o Cruzeiro ganhar do Borussia, em novembro, o lateral Vítor terá a incrível marca de três Copas Toyota (logo o Vítor, hein moçada?); Elivélton ficará com duas (só ganhou, pelo São Paulo, em 92) e Palhinha, como sai do Cruzeiro, ficará com as duas que trouxe do tricolor paulista do tempo do mineiro Telê Santana. * A notícia mais engraçada da semana veio da Coréia que fica ao Norte da Coréia onde esteve a seleção brasileira e o velho Lobo do fut Zagallo teria comprado o seu "notebook". Segundo o jornal "Coréia Democrática", o ditador Kim Jong-il quer que seu país, atingido por forte crise econômica, passe a ser uma potência no basquete internacional. "O segredo é fazer arremessos de longa distância", disse Kim Jong-il. Então tá, Mr. Kim. * Alberto Helena Jr. pode escalar quantas seleções dos mais elegantes ele quiser. De trás para a frente, saltando posições, só de jogadores europeus, só de jogadores sul-americanos, só de jogadores negros -como já foi publicado aqui-, só de determinada década, só de time de camisa branca etc. e tal. Pois bem, pedi ao Helena -um dos mestres do moderno colunismo esportivo; não perdia a sua "Bola de Papel" no "Jornal da Tarde"- para escalar de uma vez por todas a sua seleção dos mais elegantes. Ele nem pestanejou e soltou de bate-pronto: Gilmar; Ramiro Valente, Mauro Ramos, Danilo Alvim e Nilton Santos (todos com nome e sobrenome, elegantíssimos, como se vê); Falcão, Bauer, Sócrates e Didi; Richard (que jogou no Palmeiras no início dos anos 50, considerado, segundo Helena, pelo Rubens Minelli como o jogador de estilo mais bonito) e Pelé ("Pelé vale?", pergunta o Helena. Vale.). A seleção estrangeira vai de Carrizo, Tobias, Maldini (o pai, que hoje usa aquele cabelo engraçado), Bob Moore e Marzolini; Redondo, Beckenbauer, Matthaus e Rivera; Di Stéfano e Albert (o húngaro). Alguém aí tem coragem de discutir com o Helena? Texto Anterior: Brasil esportivo Próximo Texto: O imponderável Índice |
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