São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997
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A sorte do Cruzeiro e o basquete de Kim Jong-il

MATINAS SUZUKI JR.
DO CONSELHO EDITORIAL

Meus amigos, meus inimigos, a melhor coisa que li sobre esse time do Cruzeiro, que agora é duas vezes (é a forma mais correta de dizer; embora o bi também possa ser usado, no esporte, no entanto, ele deveria ser preservado para as conquistas ininterruptas. O Brasil é bi -58 e 62- e quatro vezes campeão do mundo, em vez de tetra) campeão da Libertadores, foi escrita pelo Ivan Drummond, no "Estado de Minas".
Disse ele: "O Cruzeiro de hoje tem uma coisa que o time de 76 (Raul, Nelinho, Piazza, Zé Carlos, Eduardo, Palhinha, Jairzinho e Joãozinho), ou mesmo o de 66 (Raul, Pedro Paulo, Procópio, Piazza, Dirceu Lopes, Natal, Evaldo e Tostão), não tinham: sorte".
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Com sorte ou sem sorte, lembro que o Borussia tem pelo menos dois jogadores admiráveis, desses que podem levar a Alemanha a um bom papel na Copa da França: Matthias Sammer e Andreas Moeller.
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O Cruzeiro tem três jogadores três vezes campeões da Libertadores: Vítor, Elivélton e Palhinha, que foram bi pelo São Paulo (92 e 93).
Se o Cruzeiro ganhar do Borussia, em novembro, o lateral Vítor terá a incrível marca de três Copas Toyota (logo o Vítor, hein moçada?); Elivélton ficará com duas (só ganhou, pelo São Paulo, em 92) e Palhinha, como sai do Cruzeiro, ficará com as duas que trouxe do tricolor paulista do tempo do mineiro Telê Santana.
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A notícia mais engraçada da semana veio da Coréia que fica ao Norte da Coréia onde esteve a seleção brasileira e o velho Lobo do fut Zagallo teria comprado o seu "notebook".
Segundo o jornal "Coréia Democrática", o ditador Kim Jong-il quer que seu país, atingido por forte crise econômica, passe a ser uma potência no basquete internacional.
"O segredo é fazer arremessos de longa distância", disse Kim Jong-il.
Então tá, Mr. Kim.
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Alberto Helena Jr. pode escalar quantas seleções dos mais elegantes ele quiser. De trás para a frente, saltando posições, só de jogadores europeus, só de jogadores sul-americanos, só de jogadores negros -como já foi publicado aqui-, só de determinada década, só de time de camisa branca etc. e tal.
Pois bem, pedi ao Helena -um dos mestres do moderno colunismo esportivo; não perdia a sua "Bola de Papel" no "Jornal da Tarde"- para escalar de uma vez por todas a sua seleção dos mais elegantes. Ele nem pestanejou e soltou de bate-pronto: Gilmar; Ramiro Valente, Mauro Ramos, Danilo Alvim e Nilton Santos (todos com nome e sobrenome, elegantíssimos, como se vê); Falcão, Bauer, Sócrates e Didi; Richard (que jogou no Palmeiras no início dos anos 50, considerado, segundo Helena, pelo Rubens Minelli como o jogador de estilo mais bonito) e Pelé ("Pelé vale?", pergunta o Helena. Vale.).
A seleção estrangeira vai de Carrizo, Tobias, Maldini (o pai, que hoje usa aquele cabelo engraçado), Bob Moore e Marzolini; Redondo, Beckenbauer, Matthaus e Rivera; Di Stéfano e Albert (o húngaro).
Alguém aí tem coragem de discutir com o Helena?

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