São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997
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Rodeio não tem vez nos pampas

SEBASTIÃO NASCIMENTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Verdadeira febre em Estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Paraná, o rodeio "made in USA" não tem vez no Rio Grande do Sul.
"O gaúcho preserva suas tradições culturais", afirma Gilberto Loureiro de Souza, 45, veterinário da Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Crioulo.
Lá, o forte é a prova Freio de Ouro, que acontece no próximo fim-de-semana, na abertura da Expointer.
Segundo Loureiro, a Freio de Ouro é mais original que o rodeio. "Também em forma de show, a prova mostra a lida do gaúcho com o gado e serve para avaliar a funcionalidade do cavalo crioulo."
Ele considera o rodeio praticado no Sudeste e Centro-Oeste muito estilizado. "Nada contra. Aqui no Sul, porém, a preferência é por outro tipo de prova. A paleatada por exemplo", diz.
Na paleatada, dois ginetes montados prendem lado a lado um novilho durante certo tempo.
A Freio de Ouro começou oficialmente a ser disputada em 1982. As finais, nos próximos sábado e domingo, acontecem depois que etapas credenciadoras foram disputadas em 61 municípios do país.
A Freio de Ouro é dividida em várias modalidades. A primeira analisa a morfologia do cavalo.
Depois, o animal é encilhado, e o gaúcho monta em seu costado para as provas de andadura (passo, trote e galope), figura (contorna fardos de feno), volta sobre patas, mangueira (espécie de apartação) e campo (igual a paleatada).
No total, 60 animais, sendo 30 machos e 30 fêmeas, concorrem nas finais. Jamais uma égua vendeu a Freio de Ouro.

Leia mais sobre a Expointer na pag. 5-8

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