São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997
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Promotores querem combater queimada

Eles decidiram atuar conjuntamente

DA REPORTAGEM LOCAL

Os promotores de Justiça do Meio Ambiente e criminais das regiões canavieiras do Estado de São Paulo vão atuar em conjunto no trabalho de combate às queimadas da palha da cana-de-açúcar.
A decisão foi tomada na última quinta-feira em reunião que aconteceu no Ministério Público de Ribeirão Preto (319 km a norte de São Paulo).
Participaram do encontro o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey, o procurador de Justiça e coordenador das promotorias do Meio Ambiente do Estado, Antonio Herman Benjamin, e promotores do Estado de São Paulo.
Segundo o Ministério Público de Ribeirão Preto, todos são contrários ao decreto imposto pelo governo, que estipula prazos para o fim das queimadas da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo.
Segundo promotores, o decreto não traz benefícios à população, aos trabalhadores e ao meio ambiente.
Benjamin disse que o Ministério Público irá verificar se o decreto estadual baixado pelo governo é ilegal. De acordo com ele, secretários envolvidos com o assunto não assinaram o decreto.
Marrey disse estar indignado contra o fim da negociação entre usineiros, Ministério Público, ambientalistas e trabalhadores na Câmara Paulista do Setor Sucroalcooleiro.
Representantes do Ministério Público, dos trabalhadores rurais, dos ambientalistas, de secretarias do governo do Estado, entre outros, discutiam um plano para o fim das queimadas no interior paulista dentro da câmara antes do decreto.
A assessoria de imprensa do governador Mário Covas informou que a Secretaria da Agricultura poderia falar sobre o assunto.
O secretário da Agricultura de São Paulo, Francisco Graziano, foi procurado pela Folha desde a última quinta-feira.
Segundo sua assessoria de imprensa, ele estava viajando e não poderia falar sobre o assunto.

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