São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997 |
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Novos líderes do MST enfrentam pressões
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TEODORO SAMPAIO Além de organizar invasões, os líderes do MST se dizem hoje obrigados a conter os ânimos dos sem-terra acampados no Pontal do Paranapanema.Segundo as lideranças, "está difícil segurar" os sem-terra. O MST estima em 3.000 o número de famílias morando em barracos. O coordenador estadual do MST Walter Gomes da Silva diz que os acampados pressionam porque falta comida e se aproxima a época do preparo de terras para a safra de verão. "Em qualquer assembléia, 100% votam pela invasão, mas a gente tenta segurar o pessoal." Silva tem a liberdade ameaçada por um pedido de prisão preventiva protocolado por fazendeiros na Justiça, que se estende ao líder nacional José Rainha Júnior. "Se eu e o Rainha formos viver na clandestinidade, não sei como ficará a situação, porque as novas lideranças não têm o mesmo trânsito em todos os acampamentos." Devido ao inquérito e processos abertos contra lideranças tradicionais, como Rainha, Márcio Barreto e Diolinda Alves de Souza, o MST começou a formar novos líderes para coordenar as ações no Pontal. A nova coordenação vai fazer a linha de frente nas próximas invasões. Texto Anterior: Sem-terra fazem 4 reféns no Incra de AL Próximo Texto: Uruguai teme 'invasão ideológica' do MST Índice |
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