São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997 |
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Para advogado, acusação é política
DA REPORTAGEM LOCAL O advogado Eduardo de Oliveira Carnelós, que defende Ricardo de Oliveira Lisboa, afirmou que a "tônica das acusações contra Ricardo é o desejo de atingir seu pai, o comandante-geral da PM".Para o advogado, Ricardo não compareceu ao reconhecimento pessoal a fim de não colaborar com a exploração política do caso feita por pessoas que discordam do comando exercido por Lisboa. "Especialmente porque ela (a exploração) se dá com o prejuízo das garantias constitucionais de Ricardo, dentre as quais, a inviolabilidade da honra e da imagem." Para o advogado, houve ilegalidade no reconhecimento fotográfico feito por Luzia Sanches. "Não existe na lei a previsão de reconhecimento fotográfico. Parte da jurisprudência admite esse reconhecimento como prova. O entendimento majoritário é que ele não serve como prova." Segundo ele, quando o reconhecimento por foto é admitido, a vítima deve descrever a pessoa que vai tentar reconhecer antes de apontar a foto. Segundo Carnelós, não foi tomado o cuidado de apresentar a foto de Ricardo acompanhada de fotos de outras pessoas semelhantes. "Agora, não haverá mais reconhecimento, mas apontamento, pois a vítima já sabe qual é o rosto do meu cliente." Segundo ele, Luzia reconheceu uma pessoa com características diferentes das que ela descreveu no BO do roubo do Mercedes-Benz. Texto Anterior: Identificação de filho de oficial leva 8 meses Próximo Texto: Adolescentes são mortos em chacina em S.Paulo Índice |
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