São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997 |
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Passageiro pagará metade em hotel de SP
MALU GASPAR
A proposta dos hotéis responde a uma iniciativa das companhias que operam vôos entre o Rio e São Paulo e das prefeituras dessas capitais para dinamizar o turismo. No início do mês, os presidentes da Vasp, da Varig e da Transbrasil firmaram acordo para reduzir em 50% o preço das passagens da ponte aérea aos sábados e domingos, mas condicionaram a efetivação da proposta à adesão de hotéis e restaurantes. A viagem de ida e volta entre Rio e São Paulo custa R$ 330,18. A idéia das empresas de aviação era formar pacotes com agências de viagem. A rede hoteleira propõe que a escolha e as reservas de vagas sejam feitas pelo próprio turista. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo, Roberto Maksoud, o desconto nas diárias seria oferecido a quem apresentasse a passagem com tarifa reduzida. Ele também afirmou que, para impedir que o fluxo de paulistas para o Rio seja muito maior que o de cariocas para São Paulo, a prefeitura deveria incentivar a abertura do comércio ou pelo menos dos shoppings centers aos domingos. Segundo os representantes dos hotéis, também haveria promoções como ingressos de teatro grátis e refeições. A proposta será discutida amanhã no Rio em reunião com os prefeitos e as entidades. A expectativa é que seja fechado um acordo. Segundo a assessoria de imprensa da Vasp, a aprovação do programa depende da garantia dos outros setores de que os descontos serão realmente adotados. Isso porque, um desconto de 40% nos fins-de-semana já foi experimentado pela ponte aérea entre 1993 e 1994. Mas, segundo as empresas, o desconto não compensou o investimento. A proposta das empresas é reduzir as tarifas do primeiro vôo de sábado (às 7h30) ao das 19h do domingo. Durante a semana, 60 vôos (30 em cada sentido) diários transportam 6.300 passageiros. Nos fins-de-semana, esse número cai para 2.900, em 40 viagens. Outras duas companhias fazem vôos entre o aeroporto de Congonhas e o Santos Dumont -TAM e Rio Sul, mas não fazem parte da ponte aérea. Ambas operam apenas de segunda a sexta. Funcionários das próprias companhias que fazem a ponte aérea temem que se repitam confusões comuns nos finais de tarde no Santos Dumont, quando havia o desconto. Na época, como os paulistas queriam aproveitar ao máximo as praias cariocas, havia concentração de passageiros no final da tarde e início da noite. Texto Anterior: CVE divulga dados parciais Próximo Texto: Ensino pago é rejeitado por reitores Índice |
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