São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997
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Entenda as contas externas do país

. Déficit comercial: exportações menos importações Surgiu com o Plano Real, porque a cotação do dólar caiu, favorecendo importadores e prejudicando exportadores. Estima-se que não ficará abaixo dos US$ 11 bilhões neste ano

. Déficit em serviços: dinheiro que o país envia ao exterior menos o dinheiro que o país recebe em diversos serviços (transportes, seguros, viagens etc.)
A conta é sempre deficitária, em função dos juros da dívida externa. A despesa que mais cresce, porém, é a remessa de lucros e dividendos ao exterior

. Transferências unilaterais: dinheiro que é enviado ao exterior ou recebido pelo país de forma espontânea
No caso brasileiro, a conta é superavitária graças, principalmente, ao dinheiro que os residentes no Japão mandam para cá

. Déficit corrente: é o principal indicador sobre a solidez das contas externas do país. Mede a dependência em relação aos investimentos externos, que precisam ser atraídos para evitar perda de dólares. Governo queria evitar déficits acima de 3% do PIB, mas resultado anualizado já está em 4,35% do PIB

. Conta de capitais: é o dinheiro investido no país com a perspectiva de retorno futuro -investimentos e empréstimos. Quando o país perde credibilidade, capitais podem voltar ao exterior. Por isso, é considerado arriscado depender excessivamente da conta de capitais. No primeiro semestre, ingresso foi de US$ 13,474 bilhões

. Balanço de pagamentos: é o resultado de todas as transações do país com o resto do mundo. Na prática, significa queda ou aumento das reservas em dólar do Banco Central. No primeiro semestre, o ingresso de capitais foi insuficiente para cobrir o déficit corrente, e o balanço de pagamentos registrou déficit de US$ 2,147 bilhões

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