São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997 |
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Bovespa oscila com opções e fecha estável
VANESSA ADACHI
Tanto a queda quanto a alta da Bolsa foram puxadas por Telebrás PN. O papel chegou a bater em R$ 131,50 o lote de mil e, depois, subiu violentamente no final do pregão para fechar a R$ 139,00. Segundo operadores ouvidos pela Folha, a oscilação foi consequência do vencimento de opcões. Na recuperação, a Bolsa paulista também foi ajudada pela alta registrada em Nova York no final do dia. Com uma única exceção, todas as opções de Telebrás (o papel concentra os negócios também no mercado de opções) estavam acima do preço do papel no mercado à vista. Como a maioria das opções negociadas no mercado brasileiro é de compra (quase não há opção de venda), não houve interesse de exercício por parte de quem havia comprado as opções. Afinal, sairia mais barato fazer o negócio no mercado à vista. Aqueles que haviam comprado Telebrás no mercado à vista e vendido opções de compra apostando em uma alta acabaram ficando com os papéis na mão e correram para vender, detonando a queda de Telebrás e da Bolsa. Depois que Telebrás foi ao fundo do poço, alguns investidores, principalmente estrangeiros, viram uma boa oportunidade para comprar. A partir daí, a recuperação de Nova York, após a violenta queda de sexta-feira, também ajudou. Câmbio O câmbio à vista voltou a ser pressionado para cima por remessas de dólares para o exterior. O dólar comercial chegou a ser negociado próximo ao teto da minibanda, que está em R$ 1,091. Segundo analistas, no entanto, a alta não preocupa, refletindo apenas uma escassez momentânea de dólares. Apesar da entrada líquida pelo comercial estar próxima a US$ 3,4 bilhões em agosto (estima-se que ontem a saída líquida ficou pouco acima de US$ 100 milhões), boa parte disso já foi enxugada pelos leilões de compra do Banco Central. Texto Anterior: Eurobônus do Real trarão US$ 300 mi Próximo Texto: 'Investimento direto traz déficit maior' Índice |
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