São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997
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NY recupera parte da queda de sexta

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de Valores de Nova York recuperou ontem quase metade do que havia perdido na sexta-feira, quando Wall Street registrou o maior tombo desde a segunda-feira negra de outubro de 1987.
O índice Dow Jones, que abriu em baixa e chegou a perder 76 pontos, subiu 108,70 pontos no final do pregão e fechou em 7.803,36 pontos. A alta foi de 1,41%.
A valorização foi provocada pela ação de investidores que aproveitaram a baixa para comprar ações de empresas líderes. Entre as ações que determinaram a recuperação estavam as da IBM, GE e Exxon.
As atenções do mercado hoje estarão voltadas para a reunião dos formuladores de política monetária do Fed, o banco central dos Estados Unidos. A expectativa é que os juros sejam mantidos no patamar atual.
Na Europa e no Oriente, as Bolsas de Valores caíram. Os mercados ainda operavam sob a influência da queda de sexta-feira e, devido à diferença de fuso horário, estavam fechadas quando Wall Street começou a se recuperar.
Dólar em alta
No mercado de câmbio, o dólar voltou a se valorizar depois que o mercado passou a acreditar que o Bundesbank, o banco central da Alemanha, não elevaria, hoje, os juros no país para defender a cotação do marco.
Um diretor do Bundesbank declarou que a economia da Alemanha não está crescendo o suficiente para comportar uma elevação dos juros que não tenha efeitos negativos sobre o nível de atividade.
O dólar também se valorizou em relação ao iene do Japão depois que o governo em Tóquio divulgou queda no superávit comercial em julho.
A valorização do dólar refletiu também a compra de ações em Wall Street. Para comprar papéis, os investidores foram obrigados, antes, a comprar dólares.
O dólar valorizado reduz a competitividade de produtos brasileiros nos mercados da Europa e do Oriente.

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