São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997 |
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Programa foi terceirizado
CRISTIANA COUTO
É, também, a estréia da primeira equipe do Nordeste a fazer uma produção dessa magnitude em rede nacional. A parceria entre a emissora e a produtora Polo de Imagem, de Recife, é "uma espécie de emblema da nossa terceirização", diz Cunha Lima, e "um incentivo à regionalização da TV", segundo Priolli. No casamento, possível através da Lei Rouanet, a Cultura entrou com a supervisão e veiculação da série. A Polo de Imagem, com a idéia e a produção total, e a Telesp, com os R$ 2.295 milhões que custearam os 14 programas. Foram seis meses e mais de 140 horas de gravações. Depois de um questionário, foi gravada uma entrevista com a pessoa escolhida como representativa de cada Estado. "A partir da entrevista é que se definiram as cenas externas e os convidados de cada personalidade", explica Rosa Crescente, supervisora da série pela TV Cultura. Cada programa levou cerca de dez dias para ser gravado. Alguns exigiram esforços. "Em Roraima, caminhamos pelo menos 40 minutos para chegar à aldeia de Davi, carregando o equipamento, redes e comida", lembra a produtora Juliana Carapeba. Toda a série foi filmada com câmeras beta digital, um sistema de cinematografia eletrônica utilizado na Inglaterra e EUA que fornece resultado similar ao de um filme de cinema. Outro recurso foi o uso de "stedicam" (colete com um braço amortecedor que impede a trepidação da câmera), que permitiu imagens suaves e estabilizadas. Imagens históricas de arquivo, como a posse de Tancredo Neves em Minas ou o carnaval de 1909, em Pernambuco, enriqueceram a série. "Mas a música criou situações de estranhamento com a imagem", diz o diretor Helder Aragão, que ajudou na trilha. O tecno do grupo inglês "The Orb" acompanha os índios ianomami no final. (CC) Texto Anterior: Minas abre o 'Expresso' Próximo Texto: Jeff Healey se apresenta hoje no Palace Índice |
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