São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 1997
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Montagens geram controvérsia

RAQUEL KRITSH
ESPECIAL PARA A FOLHA

As novas montagens de óperas clássicas tem causado controvérsia e alimentando a crítica presente ao 19º Festival de Salzburgo.
Logo na estréia a ópera mozartiana "Rapto no Palácio" apresentou uma versão totalmente voltada para as problemáticas contemporâneas.
Também foi assim com a esperada "A Flauta Mágica", de Mozart, dirigida por Achim Freyer. Surgiram no palco figuras e apetrechos circenses, numa adaptação jamais feita em palcos austríacos nobres.
Para espanto geral, o par Tamina e Pamino aparece em vestes de Pierrot e Colombina. Palhaços melancólicos invadem a cena. Nem mesmo a dupla Papageno e Papagena caçando passarinhos num triciclo consegue provocar riso da platéia, tão desejado por Mozart em sua comédia.
Mas justiça seja feita: como contrapeso à encenação pouco convincente, a música nada deixa a desejar. Os atores esmeram-se no canto de cada ária, acompanhados da Orquestra Filarmônica de Viena, sob a regência do maestro húngaro Christoph von Dohnányi.
(RK)

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