São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997
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Samper cede a guerrilheiros

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente colombiano, Ernesto Samper, disse ontem que está disposto a desmilitarizar parte do país para obter um diálogo de paz com as guerrilhas.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) propuseram em 15 de junho a desmilitarização do leste ou do sul como requisito para negociar.
Samper concordou, mas impôs a condição de que a guerrilha permita a realização das eleições de 26 de outubro. Os grupos esquerdistas radicais têm intensificado as operações para perturbar o pleito.
Ele disse querer se encontrar "ao nível mais alto" com os chefes das guerrilhas. Ele fez o anúncio antes de partir para a cúpula do Grupo do Rio, no Paraguai.
Samper já havia retirado as tropas do Departamento de Caquetá (sul) para permitir a libertação de militares reféns das Farc. Nessa ocasião, o grupo sugeriu uma desmilitarização permanente.
O órgão criado pelo governo para negociar com a guerrilha propôs criar um comitê de países amigos da Colômbia para assumir a mediação -Venezuela, Costa Rica, Espanha, Holanda e Alemanha se ofereceram.
Ontem, um combate entre o Exército colombiano e guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) matou 6 soldados e 16 guerrilheiros na fronteira com a Venezuela.
O choque começou anteontem no município de Arauquita e acabou na manhã de ontem. O ELN rejeitou o diálogo com o governo.

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