São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997 |
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Vereador foi pressionado a poupar Cpem
DA REPORTAGEM LOCAL O vereador José Eduardo Cardozo (PT) disse ontem que recebeu dois tipos de pressão para poupar a Cpem (Consultoria para Empresas e Municípios) no relatório da comissão do partido que investigou as denúncias do economista Paulo de Tarso Venceslau.A primeira forma de pressão aconteceu por intermédio de uma carta anônima. Ela acusava o vereador de trabalhar para empresas que prestam serviços para municípios administrados pelo PT sem a realização de licitação. A carta se referia ao Instituto Tebar de Treinamento, que pertence ao irmão do deputado estadual Paulo Teixeira (PT), Luiz Fernando Teixeira, e que presta assessoria para municípios. Cardozo nega que as aulas que ele ministrou no instituto sejam irregulares. A segunda forma de pressão que Cardozo teria sofrido aconteceu pela ação de alguns amigos dele ligados ao PT. "Alguns amigos me avisaram que, se acusássemos a Cpem, eu sofreria retaliações", disse Cardozo. O vereador não quis revelar o nome desses amigos. O economista Paulo de Tarso Venceslau denunciou que o advogado Roberto Teixeira, dono da casa em que Luiz Inácio Lula da Silva mora de graça, pressionava prefeituras petistas a fecharem contratos com a Cpem. Em nota distribuída anteontem, Teixeira negou ser o autor da denúncia contra o vereador. Texto Anterior: Suspeita de fraude deve depor em PE Próximo Texto: Teses de grupos expõem divisão do PT Índice |
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