São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997 |
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Hospitais são pouco utilizados
DA REPORTAGEM LOCAL Os locais que fazem a interrupção da gravidez permitida por lei recebem poucos pedidos e fazem menos abortos ainda.Em vários casos, os serviços foram regulamentados recentemente e há pouca documentação sobre o serviço. A maioria dos casos está concentrada em São Paulo. Os serviços da capital já realizaram, desde que foram criados, cerca de 154 interrupções de gravidez. Em Recife, o aborto legal foi implantado no início de 1997. Um dos hospitais, o Agamenon Magalhães, fez dois abortos, segundo dados fornecidos pela Febrasgo. Sobre o outro centro, a federação ainda não conseguiu reunir dados. No Distrito Federal, onde o serviço foi implantado em 1996, foram atendidos 18 casos de agosto de 96 a maio de 97, de pacientes com idade entre 13 e 41 anos. Apenas oito interromperam a gravidez. Das outras nove, seis resolveram assumir o filho, ou por não haver mais tempo para fazer o aborto, ou por decisão pessoal. Pouca procura Na avaliação do presidente da Febrasgo, José Andalaft Neto, a procura pelos serviços é pequena por causa da fraca divulgação. Outra possibilidade cogitada pelos especialistas ouvidos pela Folha é que as mulheres acabam escondendo que foram estupradas. Quando confirmada a gravidez por estupro, acabam recorrendo a serviços clandestinos, por medo, desinformação ou desconfiança. Texto Anterior: Grupo quer serviço em 60% do país Próximo Texto: Como fazer um aborto legal Índice |
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