São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997 |
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SM à brasileira
ANDRÉ FISCHER Antes de mais nada, que fique clara a diferença fundamental entre violência e violência consentida. Violência contra a vontade de quem está sendo agredido é o mal maior da humanidade e deve ser combatida com toda força.Violência com consentimento e acordo entre as partes envolvidas já é outra coisa, que cai no terreno da fantasia e, aí, deve ser dada total liberdade para que cada um viva aquilo que deseja. No que se convencionou chamar países civilizados, a comunidade SadoMasoquista é tradicionalmente uma das mais ativas dentro do universo gay e lésbico. Nas paradas de orgulho gay de todo o mundo, tem posição de destaque, e são muitas as noites especiais em casas noturnas dedicadas aos que gostam ou querem experimentar sexo sadomasô. Em São Paulo, já aconteceram festas em boates com o tema, mas nada além de uma festa à fantasia no estilo "Festa do Cafona", com produção exagerada e de butique. Os sadomasô legais têm alguns pontos de encontro, mas todos bem escondidos, com frequência mista e predominância das figuras das rainhas dominadoras. Nesta semana, a cidade ganhou sua primeira noite SM 100% gay em uma casa no melhor estilo Silverlake. Sempre às quintas, os amantes do prazer com dor passam a ter encontro marcado em Pinheiros. Os donos da Station montaram uma casa que reproduz fielmente o espírito de bares "leather"lá de fora com direito ao primeiro sex club paulistano de verdade. (André Fischer) ONDE ENCONTAR: Station: r. dos Pinheiros, 313, Pinheiros, região sudoeste. Noites SM: quintas, a partir das 21h. Preço: R$ 3, com direito a camisinha, gel e um drinque. Texto Anterior: À flor da pele Próximo Texto: Sob as influências de Saturno Índice |
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