São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997
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FHC quer reforma partidária

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O porta-voz da Presidência da República, Sergio Amaral, disse ontem que o presidente Fernando Henrique Cardoso é contrário ao financiamento público de campanhas eleitorais sem uma reforma partidária.
"O objetivo do financiamento público, que é moralizar as campanhas, poderá ser fraudado, já que partidos podem ser criados só para se beneficiar do fundo eleitoral", afirmou Amaral.
Anteontem, a Câmara aprovou projeto de lei eleitoral que prevê a destinação de R$ 420 milhões dos cofres públicos para os partidos usarem na campanha de 98. Depois de aprovada no Congresso, a proposta vai à sanção presidencial.
O porta-voz disse que FHC só vai decidir se veta o financiamento público depois da aprovação do projeto pelo Senado. Segundo Amaral, o presidente vai examinar se a proposta é boa para o país e "exercerá a prerrogativa que tem" de vetar o projeto, se for o caso.
Amaral disse que FHC acredita que a aprovação do financiamento público parcial não foi um descuido da base governista. "O presidente não acredita em cochilo, mas em divergências na base."
Na votação de anteontem, o PMDB, partido governista, fez uma aliança informal com a oposição nas votações das emendas. Segundo Amaral, FHC está observando a tramitação para ver quem são os aliados e quem são os indecisos. Ele disse que FHC só vai se manifestar sobre o comportamento dos partidos após a votação.

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