São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997
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Doping pega Maradona pela 3ª vez

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Diego Armando Maradona, 36, maior jogador história do futebol argentino, está envolvido, pela terceira vez, em um caso de doping.
Um porta-voz da Associação Argentina de Futebol, Washington Rivera, afirmou ontem que "o exame realizado na urina do jogador após a partida de domingo acusou a utilização de substâncias proibidas". Rivera, entretanto, não revelou quais eram.
Os detalhes serão dados depois de notificar oficialmente o próprio jogador e os dirigentes do Boca Juniors, time pelo qual o meia atua.
No último domingo, Maradona, participou de uma partida contra o Argentino Juniors, pelo campeonato nacional.
O Boca venceu por 4 a 2. Na comemoração de seu gol, o jogador pulou o alambrado do campo e foi punido com um cartão amarelo.
O técnico adversário, Osvaldo Sosa, reclamou da pena "amena" e foi expulso. No final da partida, os dois trocaram agressões verbais. O meia chamou Sosa de covarde. E este respondeu: "Covarde é ele, que precisa de estimulantes para viver."
Durante a preparação para o seu retorno, o astro argentino contratou os serviços do ex-velocista canadense Ben Johnson como preparador físico. Johnson perdeu a medalha de ouro na Olimpíada de Seul, em 1988, por uso de doping.
Tanto o jogador quanto o Boca Juniors têm três dias para recorrer e pedir a contraprova do segundo frasco de urina recolhida. Se o resultado for novamente positivo, a dopagem estará confirmada.
Recorrência
Em março de 1991, Maradona sofreu seu primeiro doping. A Federação Italiana de Futebol impôs uma suspensão de 15 meses por detectar traços de cocaína em uma amostra de urina do argentino, que era do Napoli, durante jogo contra o Bari pelo campeonato daquele país.
Cerca de um mês depois, a polícia argentina flagrou o jogador em um apartamento com amigos portando drogas. Foi submetido a um tratamento de desintoxicação.
Três anos depois, durante a Copa do Mundo de 94, nos EUA, Maradona foi submetido a novo exame antidoping após a vitória por 2 a 0 sobre a Nigéria na primeira fase.
Comprovado o suo da substância proibida efedrina, ele foi multado em US$ 15 mil e suspenso por mais 15 meses do futebol pela Fifa.
No ano passado, Maradona admitiu ser viciado em cocaína.

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