São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997
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MSG

EDUARDO OHATA

Desde que os meio-pesados Paul Berlenbach e Jack Delaney inauguraram o ringue do Madison Square Garden, de Nova York, em 1925, milhares de lutas foram disputadas nesse cenário. E o MSG foi palco de aproximadamente 160 lutas por títulos mundiais.
Foi nas dependências da legendária arena que um jovem Rocky Marciano nocauteou o ex-campeão dos pesos pesados Joe Louis. O MSG recebeu também a "luta do século" original, entre os invictos Cassius Clay (mais tarde Muhammad Ali) e "Smoking" Joe Frazier.
A lista de grandes campeões que lá se apresentaram é infindável: Emile Griffith (que matou um oponente nesse ringue), Mike Tyson, Willie Pep, o "Touro Indomável" Jake LaMotta, o cubano "Kid Chocolate"...
Harry Markson, ex-presidente do MSG, conta uma história que prova como, em determinada época, MSG e boxe eram sinônimos. "Durante visita ao Papa fui apresentado como Markson, do MSG. Então ele exclamou: Ah! MSG, boxe".
Hoje, as atividades na arena nem de longe lembram aquele período glorioso. Nos últimos anos, a arena principal do MSG recebeu duas programações: o combate entre Riddick Bowe e Andrew Golota e, no último sábado, o confronto entre Felix Trinidad e Troy Waters.
Hoje, os hotéis-cassinos da costa oeste dominam o boxe.
O MGM perdeu terreno com a revogação da licença de pugilista de Mike Tyson. O hotel, que mantinha contrato de exclusividade com o lutador, deve diminuir suas atividades.
O Caesars Palace, onde aconteceram grandes combates na década passada, inicia uma reação. Nos próximos meses, receberá o combate entre Oscar de la Hoya e Hector Camacho e o choque entre Lennox Lewis e Andrew Golota.
Mesmo assim, é reconfortante saber que aos poucos o boxe está retornando ao MSG. Os fantasmas de Marciano, Louis e muitos outros agradecem.

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