São Paulo, sábado, 30 de agosto de 1997 |
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Arquitetos têm projetos para deficientes
ANDRÉ LOZANO
A sala, inédita, ocupará 500 m² do prédio da Bienal, no parque Ibirapuera (zona sudoeste de SP). O espaço destinado ao projetos e soluções relativos a pessoas portadoras de deficiência física contará com oito ambientes (dormitórios, cozinhas, salas, escritórios etc.). Esses ambientes estarão dispostos em níveis diferentes para que se mostre que o acesso a locais públicos ou privados pode ocorrer por meio de rampas, plataformas ou com o auxílio de equipamentos eletromecânicos. O objetivo da simulação desses ambientes -além de apresentar propostas para os problemas de circulação- é mostrar ao público as dificuldades de acesso vividas diariamente pelos deficientes. "Serão mostradas linhas do chamado 'design universal', que atente a todos, não só aos deficientes físicos", disse Silvana Cambiaghi, que, juntamente com Maria Elisabete Lopes, são as arquitetas-curadoras da nova sala. Atualmente, muitos arquitetos trabalham com o conceito de "acessibilidade ambiental". Ou seja, todas as pessoas que tenham algum problema de locomoção, temporário ou não -não apenas os deficientes físicos-, não devem sofrer restrições de acesso a locais públicos ou particulares. Equipamentos Um dos exemplos práticos dessa concepção de acesso universal são as portas eletrônicas de aeroportos e shoppings. Elas são úteis para todas as pessoas -incluindo deficientes, crianças e idosos. Além disso, produtos devem seguir a linha universal. Por exemplo, será mostrada uma torneira de monocomando (quente-frio) para que pessoas com dificuldade de equilíbrio possam regular a temperatura da água com uma mão e se segurar em uma barra apropriada com a outra mão. Outra novidade é o chuveiro que permite que a temperatura da água seja programada por vários dias -para pessoas com problemas de sensibilidade na pele. Também será mostrada uma banheira com porta lateral, que facilita o acesso. "Queremos colocar a discussão da acessibilidade aos arquitetos e promover a conscientização da população e do poder público sobre o tema", disse o curador da bienal Luiz Fisberg. Na sala de acessibilidade serão promovidos workshops e palestras com arquitetos brasileiros e estrangeiros para discutir o assunto. Texto Anterior: Fura-fila faz primeiro teste de 'marketing' em São Paulo Próximo Texto: Prefeitura vai rebaixar guias em São Paulo Índice |
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