São Paulo, sábado, 30 de agosto de 1997 |
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Grupo rouba 4 estações de metrô em 35 min
MARCELO GODOY
O primeiro roubo aconteceu na estação Conceição (zona sul), às 5h10. Um homem se aproximou da bilheteria 192 como se fosse comprar um passe e, mostrando uma arma, rendeu a funcionária Agnalda Santos dos Anjos. Ela foi obrigada a abrir a porta da bilheteria, permitindo que dois assaltantes entrassem na cabine. Um quarto ladrão ficou próximo às catracas. A ação durou um minuto. Pelo menos dois dos quatro homens estavam armados. Eles colocaram o dinheiro e os passes (ao todo R$ 2.039) em uma bolsa e fugiram. Segundo testemunhas, o grupo teria saído da estação. "É pouco provável que eles (os ladrões) tenham usado o metrô para ir às outras estações. Acreditamos que eles usaram um carro", disse o delegado Carlos Eduardo Madoglio, da Delpom. Às 5h25, a segunda estação da linha Norte-Sul (Vila Mariana) foi roubada -os ladrões seguiram o trajeto do metrô como se fossem da zona sul para a zona norte. Novamente, o mesmo método de ação, que se repetiu nas estações Ana Rosa, roubada às 5h35, e na estação São Joaquim, assaltada às 5h45. "O modo de roubar é o mesmo nos quatro casos e, como as descrições dos ladrões dadas pelos funcionários das estações são semelhantes, acreditamos que os assaltos foram feitos pela mesma quadrilha", disse o delegado. "Eles colocam bonés para esconder os rosto das câmaras do circuito interno de TV do Metrô", disse o delegado. O arrastão de ontem foi gravado pelas câmaras. Até anteontem, a Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano) havia registrado 391 roubos neste ano nas 44 estações do metrô e quatro terminais rodoviários da cidade. Destes, a polícia descobriu quem eram os ladrões em 26 casos. Anteontem, a polícia fez uma operação no metrô. Cerca de 40 policiais foram deslocados para percorrer as estações. Um roubo foi registrado na estação Anhangabaú -uma das que não estavam protegidas pelos policiais. O Metrô informou que contratará cem novos seguranças, que se juntarão aos 600 já existentes. Os seguranças não andam armados e têm curso de defesa pessoal. Segundo o Metrô, a empresa transporta 2,5 milhões de passageiros por dia e auxilia a polícia fornecendo as imagens das câmaras de vídeo. Texto Anterior: Adutora rompe em SP Próximo Texto: Caso do motel não teve duplo homicídio Índice |
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