São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997
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Desconfiança federal; Exportar é a solução; Vida dos sonhos; Vida real; Bem feito!; Mercadoria dividida; Filho pródigo; Um novo Arenão; Ah, eu tô sonhando...; Missão complicada; Contra o relógio; Mudar para não mudar; Bico de conveniência; Saudade dos generais; Menos tempo para socar; E o PFL deixa?

Desconfiança federal
Pesquisa encomendada pelo Planalto tem norteado a tentativa do governo de popularizar o processo de privatização. No levantamento, é alto o índice dos que acham que a venda de estatais foi feita para beneficiar os amigos do governo tucano.

Exportar é a solução
FHC quer que sua viagem a Londres, no começo de dezembro, seja um marco de mudança do comércio com a União Européia. Após reformular seu setor de promoção comercial, o Itamaraty prepara um plano de exportação para o presidente.

Vida dos sonhos
A exemplo do que ocorreu nos casos dos bancos Econômico e Nacional, há gente no governo pensando em botar um peixe graúdo atrás das grades: Pedro Paulo de Souza, dono da Encol. Nem que seja por algumas horas.

Vida real
A possibilidade de quebra do sigilo bancário de Pedro Paulo de Souza (Encol) está deixando muita gente da base governista à beira de um ataque de nervos. É certo que seriam achados cheques de campanhas.

Bem feito!
PSDB e PFL filiaram parlamentares ao máximo, pensando em ter mais tempo na TV em 98. Com o critério aprovado na lei eleitoral, não adiantou nada tapar o nariz e aceitar lixo político.

Mercadoria dividida
O PTB de São Paulo está rachado entre Fleury, que deseja apoiar Maluf, e Campos Machado, que conversa com Covas.

Filho pródigo
Bruno Maranhão, líder do recém-criado Movimento de Libertação dos Sem-terra, rival do MST, pertence a família de usineiros de Pernambuco. Mas abriu mão da fortuna e milita na extrema-esquerda do PT.

Um novo Arenão
Nas contas da cúpula do PSDB, o partido vira o 3 de outubro com 104 deputados na Câmara. As adesões esperadas, todas do PMDB, são de São Paulo, Mato Grosso, Sergipe e Paraíba.

Ah, eu tô sonhando...
Enquanto Maluf vende o PAS (Programa de Assistência à Saúde) em comercial na TV como um sucesso, a unidade de Santa Cecília, em São Paulo, demora mais de um mês para marcar uma consulta ao ginecologista.

Missão complicada
O TSE está preocupado com as novas datas para as eleições de 98, determinadas pela emenda da reeleição. Acha que é muito exíguo o prazo entre o primeiro turno, marcado para 4 de outubro, um domingo, e o segundo, a ser realizado no dia 25.

Contra o relógio
Para o TSE, a contagem de votos na cidades sem urna eletrônica levará, no mínimo, dez dias. Depois, tem de distribuir 60 milhões de cédulas e sortear as chapas. Sobra, no máximo, uma semana para o horário de TV, que acaba 72 horas antes do pleito.

Mudar para não mudar
FHC bateu o martelo na emenda que tira as Polícias Militares da Constituição. Deve ser enviada ao Congresso nesta semana. Junto, sai medida provisória criando a Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Bico de conveniência
Anunciado pelo PSDB, não se concretizou o puxão de orelhas de FHC nos ministros do PMDB, devido ao comportamento do partido na votação da lei eleitoral. Ou o presidente passou a lábia nos tucanos, ou tudo não passou de intriga de seus líderes.

Saudade dos generais
A inflação de candidatos à cadeira de FHC levou o PFL a consultar sua bola de cristal. E viu Enéas, terceiro colocado em 94, que passa a ser considerado no mapa das coligações da sigla.

Menos tempo para socar
O que mais interessava a Maluf, na lei eleitoral, o PPB não conseguiu fazer emplacar: a extensão do prazo de campanha para 60 dias. Ficaram os 45 dias desejados por PFL e PSDB.

E o PFL deixa?
FHC recebeu nesta semana Franco Montoro (PSDB-SP), um dos articuladores da emenda constitucional que institui o parlamentarismo. Comprometeu-se a não atrapalhar a idéia, que já defendeu no passado.

TIROTEIO
Do tucano Ciro Gomes, que se diz intrigado com a insistência de FHC em restringir a disputa do ano que vem a ele e a Lula:
- Mostra que o presidente não se sente assim tão seguro.

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