São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997 |
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Setenta anos de ACM - A trajetória . Antonio Carlos Peixoto de Magalhães nasceu em Salvador, em 4 de setembro de 1927, filho do médico Francisco Peixoto de Magalhães Neto, professor titular Faculdade de Medicina da Bahia, e Helena Celestino de Magalhães . Ainda no ginásio, começou a trabalhar como jornalista no "Estado da Bahia". Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, tendo sido líder estudantil. Formou-se em 1952. No ano seguinte, tornou-se professor-assistente de higiene . Filiou-se à União Democrática Nacional, alinhando-se ao grupo de Juraci Magalhães. Em 1954, elegeu-se deputado estadual. Foi líder da UDN e vice-líder do governador Antônio Balbino (PSD) até que este rompeu com Juraci . Elegeu-se deputado federal em 1958. Apesar de udenista, apoiou Juscelino Kubitschek (PSD). Frequentava o gabinete presidencial e telefonava todos os dias para Juscelino às 7h, o que lhe valeu o apelido de "despertador de JK" . Em 1959, apoiou a indicação de Juraci Magalhães para candidato da UDN à Presidência, mas seu grupo foi derrotado na convenção por 105 votos a 83 pela corrente de Carlos Lacerda, que defendia a candidatura do deputado Jânio Quadros . Não se entendeu com Jânio Quadros. Quando o presidente afastou Edgar Santos da reitoria da Universidade da Bahia (que nomeara ACM professor) enviou telegrama a Jânio: "A mesquinharia do seu gesto dá a medida exata do seu caráter" . Após a renúncia de Jânio em 1961, ACM fez oposição a João Goulart (PTB). Reeleito deputado em 1962 pela UDN, apoiou o Movimento Militar de 64. Com a dissolução dos partidos em 1965, ingressou na Arena, pela qual se reelegeu em 1966 . Foi nomeado prefeito de Salvador em fevereiro de 1967 pelo governador Luís Viana Filho (Arena). Em abril de 1970, reassumiu o mandato de deputado federal para disputar o governo do Estado. Foi eleito pela Assembléia Legislativa . Em 1974, a primeira derrota. Seu candidato à sucessão, Clériston Andrade, perdeu a disputa na Assembléia para Roberto Santos, apoiado por Juraci Magalhães, Luís Viana Filho e Lomanto Júnior. Santos tornou-se seu inimigo . Em novembro de 1975, o presidente Ernesto Geisel o nomeou presidente da Eletrobrás. Deixou o cargo em 1978 para disputar o governo baiano. Após acordo com Lomanto Júnior e Luís Viana Filho, foi eleito pela Assembléia Legislativa . Em 1982 indicou Clériston Andrade para disputar o governo baiano pelo PDS, mas Clériston morreu em outubro. ACM escolheu João Durval para substituí-lo. Durval derrotou Roberto Santos (PMDB), mas depois rompeu com ACM . Em 1984, ACM apoiou a indicação de Mário Andreazza para candidato do PDS à Presidência. Depois que Maluf venceu Andreazza na convenção, ACM passou a apoiar Tancredo Neves (PMDB). Recebeu o Ministério das Comunicações . Sofreu sua pior derrota em 1986: seu candidato, Josaphat Marinho (PFL), perdeu a disputa para Waldir Pires (PMDB). Deprimida, sua filha Ana Lúcia Magalhães, diretora do "Correio da Bahia", suicidou-se com um tiro na cabeça . No Congresso constituinte, ACM distribuiu concessões de rádio e TV para obter apoio para o mandato de cinco anos para o presidente José Sarney. Seu candidato a prefeito de Salvador é derrotado em 1988. Em fevereiro de 1989, sofreu um infarto . Vence a eleição para governador em 1990, derrotando Roberto Santos. Apoiou o governo de Fernando Collor de Mello até o fim. Em outubro de 1992, seu candidato a prefeito de Salvador perdeu a eleição para Lídice da Mata (PSDB) . Desiste de disputar a Presidência em 1994 e passa a apoiar FHC. Consegue se eleger e fazer seu sucessor no governo baiano, Paulo Souto (PFL). Em 1996, consegue eleger o prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PFL) - Resultados eleitorais Ano - 1958 Cargo - Deputado federal Partido - UDN Votação - 18.446 Colocação - 10º no Estado Ano - 1962 Cargo - Deputado federal Partido - UDN Votação - 19.617 Colocação - 9º no Estado Ano - 1966 Cargo - Deputado federal Partido - Arena Votação - 59.077 Colocação - 2º no Estado Ano - 1990 Cargo - Governador Partido - PFL Votação - 1.642.726 Colocação - 1º no Estado Ano - 1994 Cargo - Senador Partido - PFL Votação - 1.926.500 Colocação - 1º no Estado - Cargos . Deputado estadual (1955-1959) . Deputado federal (1959-1963) . Deputado federal (1963-1967) . Prefeito de Salvador (1967-1970) . Deputado federal (1970) . Governador da Bahia (1971-1975) . Presidente da Eletrobrás (1975-1978) . Governador da Bahia (1979-1983) . Ministro das Comunicações (1985-1990) . Governador da Bahia (1991-1994) . Senador (desde 1995) - Outras informações Ocupa a cadeira 37 da Academia de Letras da Bahia Livros: . "Não era fácil ser revolucionário" . "Meu compromisso com o Nordeste" Títulos: . "Prefeito do Século", conferido em 1970 pela Câmara Municipal de Salvador Texto Anterior: Eleitor expõe senador baiano no lugar de imagem de santo Próximo Texto: MST afirma que só Lula une a oposição Índice |
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