São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997
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MST quer petista candidato

WILSON TOSTA
DA SUCURSAL DO RIO

O dirigente nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Pedro Stedile defendeu ontem, no encontro do PT, o lançamento de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato único das oposições à Presidência.
Lula foi informado oficialmente da decisão do MST, tomada no início do ano, há cerca de um mês. Também o PSB e o PDT foram avisados da posição dos sem-terra. Segundo Stedile, o MST tem influência direta em cerca de 500 municípios e reúne 200 mil famílias, entre acampadas e assentadas.
"Achamos que Lula é o único que pode representar um projeto alternativo ao neoliberalismo e o único candidato popular que pode aglutinar amplas forças sociais", disse Stedile, que participa do encontro como convidado.
O líder sem-terra disse que Tarso Genro, tido como alternativa a Lula no PT, " é um político preparado". Mas afirmou que Lula "reúne muito mais carisma e representatividade".
Embora tenha evitado abordar as disputas internas petistas, Stedile defendeu que as alianças eleitorais nos Estados em 1998 se subordinem à coligação nacional. Essa tese é defendida pelos setores de "direita" e "centro" do PT e é repudiada pela "esquerda".

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