São Paulo, segunda-feira, 8 de setembro de 1997
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Piloto estuda aposentadoria

DA REPORTAGEM LOCAL

O acidente mais grave de uma carreira de mais de 30 anos de automobilismo fez Emerson Fittipaldi falar pela primeira vez em abandonar as pistas.
No dia 28 de julho do ano passado, durante o GP de F-Indy de Michigan, nos EUA, a roda dianteira do Forsythe do canadense Greg Moore tocou o pneu traseiro do carro de Emerson, que se descontrolou e se chocou frontalmente contra o muro de proteção.
O piloto sofreu esmagamento da sétima vértebra (cervical), teve a bexiga perfurada, paralisia parcial do pulmão esquerdo e ainda quebrou um ombro e duas costelas.
Emerson ficou alguns minutos desmaiado logo após o choque.
Duas semanas depois, logo após ser submetido a uma cirurgia para reconstituição da vértebra, no hospital Jackson Memorial, em Miami (EUA), Emerson falou em parar de correr.
Em fevereiro deste ano, anunciou a retirada temporária das pistas.
Começava a ceder às inúmeras pressões de seus familiares, assustados com a gravidade do acidente.
Emerson também atribuiu a nova idéia à influência divina.
"Recebi uma mensagem de Deus. Tudo indica que não vou correr mais", disse na ocasião.
Recuperado, chegou a fazer algumas corridas de exibição, mas não deu nenhuma mostra de que voltaria às pistas.
Em julho último, um ano após o acidente, afirmou em entrevista à Folha: "Vou completar um ano de vida. Nasci de novo".
Por outro lado, afirmou que estava bem e não desconsiderou a chance de voltar. "Estou a mil", disse.

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