São Paulo, segunda-feira, 8 de setembro de 1997
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Falta de informações aflige familiares

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais uma vez, Emerson Fittipaldi assustou toda sua família. Em São Paulo, na casa do irmão Wilsinho Fittipaldi, 53, Juze Fittipaldi, 76, a mãe, esperava por notícias do desaparecimento do filho. "Nessas ocasiões a gente só torce, não sei nem se reza", afirmou Juze.
No fim da tarde de ontem, avisado por Tereza Fittipaldi do desaparecimento de Emerson e de seu filho Luca, Wilsinho contatou a empresa aérea Salva-air, que logo enviou helicópteros para sobrevoar o local.
"Foi um susto grande e eles estavam preparando uma operação de resgate para a madrugada, porque à noite seria difícil", contou Wilsinho.
Segundo Juze Fittipaldi, não houve muito contato entre Tereza, mulher de Emerson, que estava na Fazenda Fitti com Tatiana, 16, filha do piloto, e a família em São Paulo. Tite Catapani, ex-piloto que tem uma propriedade na mesma região, foi quem tentou tranquilizar a família, por intermédio de uma ligação telefônica.
"Mas ficamos mesmo acompanhando o noticiário da televisão, que também demorava a dizer alguma coisa", contou a mãe de Emerson.
Wilsinho e o pai Wilson, 77, sem muitas informações sobre o caso, decidiram ir para Araraquara por volta das 20h.
Estavam a caminho de Jundiaí, onde o avião da família fica estacionado, quando foram avisados da localização de Emerson e do filho Luca.
Jay Fittipaldi, 22, e Juliana Fittipaldi, 23, filhos do piloto que estão nos EUA, foram contatados pela família que estava em São Paulo, ainda no fim da tarde. Estavam se dirigindo para o aeroporto quando ficaram sabendo que o pai e o irmão haviam sido encontrados e passavam bem.
"Acho que agora todo mundo já relaxou. Mas foi uma correria. O Jay vinha de Baltmore, onde ele faz faculdade, e a Juliana de Miami", contou Nancy Fittipaldi, 44, mulher de Wilsinho.
"Também liguei para o Christian, que estava em uma festa da Newman-Haas, na Califórnia, para avisar que já estava tudo bem. Ficamos surpresos quando ele disse que já estava sabendo de tudo", continuou Nancy.
Encarregada de avisar os amigos mais próximos, ela contou que apesar da movimentação na casa, tentaram manter a calma "para não preocupar demais a dona Juze, mãe de Emerson."
"Para mim, foi mais uma emoçãzinha que tive com o Emerson. Já tive muitas emoções boas também, mas as ruins são as que ficam", comentou Juze.
"Desde o acidente em Michigan que ele não assustava tanto a gente. Graças a Deus agora sabemos que ele está bem. Essa é a melhor parte", afirmou a mãe do piloto.

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