São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997 |
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Braziliana começa ao som de batuque
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Até sábado, o Braziliana mostrará aos dinamarqueses aspectos da música, cinema e literatura brasileiros, com espetáculos, filmes (como "Macunaíma" e "Bye Bye Brasil") e debates. A abertura do festival ocorreu no domingo, com um desfile da Imperatriz no Tivoli, o parque de diversões mais conhecido da Escandinávia. Apresentando-se com 45 componentes, a campeã do Carnaval carioca de 94 e 95 fez sucesso com os milhares de espectadores e com a imprensa local, que elogiou o desfile. "Sej Samba" (algo como "samba legal"), estampou o jornal popular "Ekstra Blanet", em duas páginas dedicadas à apresentação da Imperatriz. "Esses shows não podem ser apenas um desfile de escola de samba, têm que ter um pouco de oba-oba (show de mulatas organizado pelo 'mulatólogo' Sargentelli), senão o brasileiro curte, e o estrangeiro não", explica Rosa Magalhães, a carnavalesca da escola e que acompanha o grupo. Anteontem, o grupo se apresentou novamente, e ontem à noite estava marcada uma apresentação extra. "Vamos fazer um pagode", disse Rosa. Ontem também foi a noite em que Wagner Tiso e o Rio Cello Ensemble tocaram no Braziliana, que já contou com a presença da cantora Alaíde Costa. Hoje se apresenta a Orquestra de Câmara de Curitiba com os dinamarqueses do Ars Nova, que já trabalhou com Egberto Gismonti. Amanhã é a vez da bossa nova com o Zimbo Trio; na sexta tocam Guinga e Carlos Malta; e, no sábado, Paulo Bellinati encerra o festival. Entre os participantes fora da área musical estão o escritor João Ubaldo Ribeiro e o diretor teatral José Possi Neto. João Gilberto O festival teve alguns desfalques de última hora. A principal estrela do festival, João Gilberto, desistiu de vir e frustrou os dinamarqueses, que, desde a semana passada, haviam comprado todos os ingressos para o seu show, programado para ontem. Segundo a produção do festival, João Gilberto alegou cansaço, provocado por sua última apresentação -ocorrida em Manaus, na semana passada. Mas o cantor não foi o único que não apareceu em Copenhague. O cineasta Ruy Guerra também não veio. O jornalista Luiz Antônio Ryff viaja a convite da organização do festival. Texto Anterior: Mister Sam reaparece com seu ideário extravagante Próximo Texto: Lycos quer patentear sua "aranha" Índice |
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