São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 1997
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Duas novas vacinas atacam meningite gerada por bactérias

MALU GASPAR
ENVIADA ESPECIAL À GUATEMALA

Apesar do efeito positivo comprovado na Europa, imunização contra a bactéria hib ainda não é feita pela rede pública do Brasil

Novas vacinas atacam meningite gerada por bactérias
Os resultados de duas vacinas contra meningite, uma já comercializada e outra ainda em fase de estudos, mostraram que podem reduzir cerca de 60% a meningite bacteriana, responsável pela grande maioria dos casos.
Elas combatem as meningites meningocócica C e a causada por uma bactéria identificada como hib (hemophilus influenza).
O segundo tipo é vendido desde 90 e, usado na Inglaterra, acabou com a mortalidade infantil por meningite hib em 18 meses, segundo o responsável pelo programa de imunização inglês, David Salisbury. Chile, Uruguai e EUA chegaram a resultados semelhantes.
Na América Latina, só Chile e Uruguai usam a vacina contra o hib em programas de imunização.
"Isso faz com que a população de menor poder aquisitivo seja privada da vacina, já que, em clínicas particulares, elas podem ser compradas por cerca de US$ 40."
Esse é o caso do Brasil, onde só se consegue a vacina em clínicas particulares ou em centros de referência do Ministério da Saúde, que são encarregados da distribuição em casos especiais.
Segundo a coordenadora do programa nacional de imunizações, Maria de Lourdes Maia, ainda não há um estudo nacional sobre a incidência do hib no país e a relação custo-benefício da vacina.
Ela afirma que esse estudo está sendo planejado pelo Ministério da Saúde, mas ainda não existe prazo para a definição.
Outra vacina, contra a bactéria que causa a meningite meningocócica C, está sendo testada há um ano em crianças inglesas. A bactéria que provoca esse tipo de meningite também pode causar septicemia (infecção generalizada).
Hoje, ela é a principal causa de mortalidade em crianças de 1 a 4 anos na Inglaterra.
A vacina está sendo pesquisada e produzida também pela Holanda, e fabricada, ainda em fase de testes, por quatro laboratórios, segundo o responsável pelo programa de imunização inglês.

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