São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 1997
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PC deve mudar líderes

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O plano de reformas na economia chinesa deverá ser acompanhado de mudanças de composição no Comitê Central do Partido Comunista Chinês, órgão máximo do governo, cujos membros serão escolhidos no próximo dia 18, e nos principais postos de comando político e burocrático no país.
As mudanças tem um claro sentido econômico -os novos líderes seriam identificados com o plano de Jiang Zemin.
Deve aumentar de sete para nove o número de vagas no órgão que comanda o partido. Pelo menos parte da "velha guarda", que sempre dominou o panorama político do país, será substituída por uma nova geração de tecnocratas.
Deve se aposentar em março,o primeiro-ministro, Li Peng, cuja imagem foi prejudicada depois dos protestos e massacres de 1989 de Tiananmen, em Pequim; deve ser substituído pelo vice-primeiro ministro Zhu Rongji, uma das lideranças que comanda as reformas.
Também deve ser substituído Qiao Shi, presidente da Assembléia Nacional do Povo (parlamento), que pertencia a um grupo de oposição a Jiang Zemin.
O ministro das Relações Exteriores, Qian Qichen, 69, deve perder o cargo para Wu Yi, 58, ministra do Comércio Exterior.
Wu, a quem se atribui grande capacidade de negociação e tem boas relações com os EUA, será encarregada de fazer com que a China entre na Organização Mundial do Comércio.
O almirante Liu Huaqing, do Comitê Central e vice-presidente da Comissão Militar Central, seria aposentado e substituído pelo general Zhang Wannian.

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