São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997
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Greve dos carteiros chega ao 11º dia e acumula 6 milhões de cartas

Senadora pedirá interferência do ministro Sérgio Motta

PRISCILA LAMBERT
DA REPORTAGEM LOCAL

A greve dos funcionários dos Correios chega ao 11º dia e continua sem previsões para acabar.
Ontem à tarde, o comando da greve esteve reunido com o presidente da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), Amilcar Gazaniga, e com a senadora Benedita da Silva (PT-RJ) -que solicitou a reunião à empresa. Não houve avanço nas negociações.
Segundo o diretor da federação dos funcionários, José Aparecido de Oliveira, Gazaniga teria dito que qualquer decisão teria de ser resolvida pelo ministro das Comunicações, Sérgio Motta.
A assessoria do ministro informou que Motta não irá interferir na negociação, que é competência da direção dos Correios.
Segundo a ECT, a empresa está em sintonia com o ministério no sentido de manter a posição de não negociar enquanto a greve continuar. A empresa também reafirma que não pagará os funcionários pelos dias parados e continuará contratando concursados.
Após a reunião com o ministro, o comando da federação dos funcionários orientou os sindicatos estaduais a manter a greve. Os sete Estados paralisados estariam realizando assembléias na noite de ontem para discutir a situação.
Acampamento
Em São Paulo, cerca de 500 grevistas, segundo a PM, se reuniram para realizar assembléia e ato público na praça da Sé (região central). Eles decidiram pela continuação da greve. Os grevistas iriam acampar na frente da casa do ministro Sérgio Motta a partir da noite de ontem.
A senadora Benedita da Silva afirmou que pedirá ao ministro Sérgio Motta que interceda nas negociações.
Em onze dias de greve, o acúmulo de correspondências paradas chegou a 6 milhões -90% do total corresponde aos objetos postais do Estado de São Paulo.

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