São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997
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"Fast track" vai ao Congresso dos EUA

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Com o apoio dos líderes da oposição e críticas dos principais parlamentares de seu próprio partido, o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, enviou ontem ao Congresso projeto de lei para lhe conceder poderes de negociar rápido acordos comerciais com outros países.
O projeto prevê que o presidente Clinton poderá usar a "via rápida" ("fast track") para fazer acordos comerciais até outubro de 2001, prazo estendível até 2005.
A legislação proposta não atende à principal reivindicação dos sindicatos e entidades ambientalistas: a necessidade de vincular futuros acordos comerciais a maiores garantias de boas condições de trabalho e defesa da ecologia nos outros países signatários. Mas limita as disposições sobre esses temas a questões estritamente comerciais e permite ao Congresso trabalhar em acordos laterais a seu respeito.
O principal sindicato dos EUA, a AFL-CIO, anunciou ontem mesmo sua oposição e que vai investir US$ 1 milhão em campanha publicitária pela rejeição do projeto.
O líder do Partido Democrata (o partido do governo) no Senado, Tom Daschle, disse que a proposta de Clinton não atende ainda a suas reivindicações. Bill Archer, um dos líderes da oposição na Câmara, disse que ela é "um começo construtivo".

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