São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
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Rede estadual do PR deve parar hoje

FLÁVIO ARANTES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Os professores da rede pública do Paraná podem entrar em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. A APP-Sindicato (Sindicato dos Professores das Redes Públicas Estadual e Municipais no Estado do Paraná) disse esperar a adesão de 80% dos 80 mil professores da rede.
A greve foi decidida em assembléia em Curitiba (PR) em 29 de agosto. Segundo o sindicato, cerca de 6.000 professores participaram.
O secretário da Educação do Paraná, Ramiro Wahrhaftig, disse que não acredita na greve. Segundo ele, não há mobilização no Estado. "Mas, se ocorrer, os professores que pararem terão o salário descontado", afirmou.
A principal reivindicação da categoria é reposição salarial de 75%, referente a perdas acumuladas desde 1995, quando o governador Jaime Lerner (PFL) assumiu. No total, a pauta de reivindicações tem 12 itens.
Segundo o sindicato, o piso salarial pago pelo Estado por 20 horas/aula é R$ 253. Professor com pós-graduação e em final de carreira receberia R$ 721 por 20 horas.
O secretário da Educação afirma que, desde que assumiu, o governo Lerner concedeu reposição salarial de 117% para os professores. "O salário médio de um professor por 20 horas é de R$ 610, só menor que o do Distrito Federal. Essa greve é inoportuna, irresponsável e inconsequente."

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