São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
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Para FMI, crise na Ásia não é catástrofe

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A crise financeira que atinge os mercados do Sudeste Asiático há três meses não é uma grande catástrofe, avaliou ontem Michael Mussa, diretor de pesquisa do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Para ele, os efeitos da desvalorização do peso mexicano, em 95, foram mais nocivos par as economias latino-americanas que os que a crise tailandesa está provocando no Sudeste da Ásia.
"O problema principal do Sudeste Asiático está na Tailândia, com uma crise que começou em meados de 97 e que reduziu seu potencial de crescimento econômico", afirmou Mussa durante entrevista em Hong Kong, onde participa dos preparativos para a assembléia anual conjunta do FMI e do Banco Mundial, que acontece na semana que vem.
Crescimento
O FMI calcula que, por causa da crise cambial, o PIB (Produto Interno Bruto) tailandês irá crescer 3% em 97, metade do que vinha crescendo nos últimos anos. Para 98, a previsão é de uma expansão de 2,5%.
A crise tailandesa acabou tendo impacto sobre os países da região, entre eles Filipinas, Indonésia e Malásia, além de Hong Kong e Cingapura.
Para superar a crise, a Tailândia acabou recebendo um socorro financeiro de US$ 16 bilhões do FMI e de outros países.
Mussa afirmou, no entanto, que essa ajuda financeira ainda não foi capaz de restaurar a confiança dos investidores estrangeiros nos mercados da região.
"É preciso tempo para que os mercados respirem. Uma crise assim não é uma grande catástrofe. Para esses países há uma desaceleração do crescimento, mas nada mais", analisou.

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