São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
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Consórcio não revela quanto vai investir

Custos terão de baixar

MAURICIO ESPOSITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Representantes do consórcio Santos Brasil, vencedor do leilão de arrendamento do Terminal de Contêineres (Tecon 1) do porto de Santos, comemoram a vitória, mas não revelam quanto pretendem investir no terminal para cumprir a principal exigência contida no edital de concorrência -reduzir os custos de operação.
O consórcio é formado pela Multiterminais, que tem 10% de participação, 525 Participações S/A (15%), Opportunity Leste S/A (40%), Previ (20%) e Sistel (15%).
A Multiterminais já opera terminais portuários no Rio de Janeiro. A 525 Participações pertence à construtora fluminense Argecon.
Segundo Geraldo Ferreira de Sá, presidente da Multiterminais, "os investimentos no Tecon 1 serão feitos conforme as necessidades".
O edital do leilão determina que o consórcio vencedor deve reduzir a Taxa de Movimentação de Contêineres (TMC) para R$ 150 em 24 meses. Hoje ela é de R$ 500.
"Gostaríamos de reduzir os custos antes do prazo fixado", afirmou Luiz Orenstein, diretor da área de investimentos do Banco Opportunity.
Inicialmente, seis consórcios privados haviam solicitado a participação no leilão do Tecon 1.
Um deles, o Contecon da Baixada Santista, formado pelas empresas Continental Bank, Eudmarco, EIT e Mencasa, foi desqualificado.
O Hutchison-Cowan-Nacional, formado pelas empresas Hutchison International Port Holdings, Construtora Cowan e Nacional Comércio e Empreendimentos, desistiu de participar no dia anterior ao leilão, alegando divergências na composição do consórcio, segundo o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha.
A Hutchison é uma das maiores operadoras de terminais portuários do mundo. Outras empresas internacionais também se interessaram pelo Tecon 1, como a P&O Ports (consórcio Santos International), a ICTS Manila Holdings (consórcio Inhaúma) e a SSA (consórcio Tecon Brasil).
O consórcio Santos Brasil, vencedor do leilão, tem um protocolo de intenções para um acordo operacional com a HHLA, empresa alemã estatal operadora do porto de Hamburgo, na Alemanha.
O ministro Eliseu Padilha afirmou ontem após o leilão que o Ministério dos Transportes não havia acatado os recursos administrativos apresentados pelos consórcios Tecon Brasil e Contecon.
O Contecon havia entrado também com um pedido de liminar na Justiça, mas não foi acatado.

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