São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997 |
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Recursos obtidos estão sem destino
MAURICIO ESPOSITO
O edital do leilão estabelecia que, do preço mínimo de R$ 101,1 milhões, R$ 26 milhões teriam que ser pagos à vista, mais o valor absoluto do ágio. Como isso, a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) deverá receber aproximadamente R$ 200 milhões à vista pelo arrendamento. Segundo Kandir, o dinheiro vai primeiro para o caixa da Codesp, embora não haja definição ainda sobre o seu destino. "Os recursos vão para o caixa da Codesp e a Conselho Nacional de Desestatização decidirá o que fazer", disse o ministro. A Codesp tem um passivo (dívida) estimado em aproximadamente R$ 400 milhões. Na opinião do diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), José Pio Borges, esse foi o maior ágio obtido em leilões de privatização pelo governo federal na área de transportes. Segundo o ministro do Planejamento, Antonio Kandir, 90% da carga movimentada nos portos brasileiros já é operada pela iniciativa privada. O governo federal tem como meta, até o final deste ano, passar toda a operação portuária do país para a iniciativa privada. "O leilão do Tecon 1 é um ponto simbólico, pois o porto de Santos é muito importante para o Brasil", resumiu o ministro do Planejamento, Antonio Kandir. O governo ainda não definiu se os próximos terminais portuários a serem passados para a iniciativa privada serão leiloados em bolsa como ocorreu com o Tecon 1. Texto Anterior: Consórcio não revela quanto vai investir Próximo Texto: Portuários temem o desemprego Índice |
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