São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
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Brinquedos justificaram proteção, diz MICT

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo considerou ontem que o setor de brinquedos cumpriu as metas exigidas para que seja mantida sua proteção contra produtos importados.
"Salvamos uma indústria brasileira que ninguém acreditava que poderia ser recuperada", afirmou o ministro Francisco Dornelles.
Em julho do ano passado, o setor foi beneficiado por uma medida de salvaguarda, um mecanismo legal de proteção comercial que elevou a tarifa de importação de brinquedos de 20% para 70%. Neste ano, a alíquota é de 63%.
O benefício será mantido, em princípio, até 31 de dezembro de 1999. O governo pode suspender a proteção caso o setor não cumpra as metas de recuperação fixadas.
O faturamento estimado para o ano é de US$ 850 milhões -valor 8,9% maior do que o do ano passado- e os preços finais ao consumidor devem cair 7,5%.
Mais empregos
Desde o ano passado, os fabricantes de brinquedos reabriram 4.784 postos de trabalho. O objetivo é totalizar 12 mil até o final do prazo de proteção. Em 1995, no auge da crise, o setor havia demitido 18 mil trabalhadores.
"Torcemos para vender os 70 milhões de brinquedos que estão chegando a 18 mil pontos-de-venda do país para o Dia das Crianças, desta vez com preços 7,5% menores", afirmou Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq.
Segundo Costa, o empresariado do setor investiu R$ 112 milhões entre julho de 96 e julho deste ano -um terço da meta até o final de 99- e adotou como estratégia vender produtos mais baratos.
Com isso, o setor conquistou mais 4 milhões de consumidores. Os dados da Abrinq mostram que 20 milhões de crianças ficam à margem desse mercado.
O setor também investiu em nichos de mercado. Dos 300 brinquedos desenvolvidos com desenho nacional neste ano, 30 são considerados ecológicos (de material biodegradável ou com finalidade de educação ambiental), 15 são direcionados a crianças cegas e outros 30 a deficientes físicas.

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