São Paulo, sábado, 20 de setembro de 1997 |
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Financiamento a exportação cresce 143%
CHICO SANTOS
Segundo Renato Sucupira, diretor da Finame -agência do BNDES para financiar máquinas e equipamentos que vem funcionando também como uma espécie de banco de comércio exterior-, os empréstimos chegarão a US$ 1 bilhão em todo o ano de 97 e a US$ 2 bilhões em 98. Em 96, o Finamex emprestou US$ 388,3 milhões. O diretor-executivo da Finame, Darlan Dória, disse que o BNDES não tem limite de recursos para financiar as exportações. No ano passado, o banco estatal vinha recebendo críticas por sua atuação, considerada pouco incisiva na área de comércio exterior. Foi feito então um acordo de cooperação com o Eximbank, banco de comércio exterior do Japão. Um grupo de técnicos do banco brasileiro passou uma temporada estudando os métodos do banco japonês. O passo seguinte para aumentar a participação do Finamex nos empréstimos às exportações foi melhorar as condições de financiamento. A taxa de juros foi baixada de libor (a taxa do mercado britânico) mais 2% ao ano para libor mais 1%. Até 100% O BNDES também aumentou a parcela passível de financiamento de até 85% para até 100%. Também foi ampliado o universo de bens passíveis de financiamento, antes restrito a máquinas e equipamentos e hoje aberto a quase todos os produtos, com exceção de uns poucos, como grãos, minérios e automóveis. Os prazos de financiamento foram ampliados de 12 anos para até 20 anos, em casos de concorrências internacionais consideradas importantes para o Brasil. Nos casos dessas concorrências, a taxa de juros pode ficar apenas na libor, sem nenhum spread (sobretaxa). A Embraer foi a maior beneficiária dos financiamentos do Finamex liberados neste ano, com um total de US$ 166,6 milhões, sendo US$ 44,6 milhões financiados antes do embarque dos aviões e US$ 122 milhões após o embarque. A empresa é responsável pelo maior contrato de financiamento do Finamex até agora, com um total aproximado de US$ 1 bilhão em exportações de aviões para a norte-americana American Eagle. Outras duas empresas beneficiadas pelos empréstimos são a Cartepillar, que recebeu US$ 24,3 milhões para exportar 115 máquinas, e a Siemens, com US$ 16 milhões para 31 máquinas. As liberações desses recursos só devem começar no próximo ano, quando começam a ser liberados mensalmente cerca de US$ 30 milhões. Texto Anterior: México cresce sem distribuir renda Próximo Texto: Mercosul dirá como aceitar "fast track" Índice |
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