São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 1997 |
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Bando domina funcionários e assalta hipermercado em SP FERNANDO BARROS FERNANDO BARROS; PRISCILA LAMBERT
Vinte homens armados e encapuzados assaltaram anteontem à noite o hipermercado Extra/Anhanguera, na Lapa (zona noroeste de São Paulo), levando uma quantia estimada em R$ 350 mil. O hipermercado, que faz parte da cadeia Pão de Açúcar, havia fechado suas portas às 18h no domingo. Mas cerca de 20 funcionários -entre seguranças e equipe de limpeza- ainda permaneciam no local às 22 horas, quando ocorreu o assalto. Segundo o chefe da segurança Francisco Jucier Rodrigues, 42, os assaltantes aguardavam na porta lateral do estabelecimento, utilizada para entrada e saída de funcionários. Eles aproveitaram o momento em que a recepcionista Janaíne Correia dos Santos saía e renderam-na, apontando uma arma contra sua cabeça. O segurança Severino Carnaúba da Silva, que abria a porta para a recepcionista, também foi dominado. Os homens entraram, dominaram os outros funcionários e levaram-nos ao banheiro, onde ficaram fechados por cerca de uma hora e meia, tempo que durou a operação. Não houve violência e ninguém ficou ferido. Maçarico O chefe de seção do hipermercado Marcelo da Silva Almeida foi intimado a levar os assaltantes até a sala onde estava o cofre. Como Almeida não sabia o segredo, os homens sacaram um maçarico e arrombaram o cofre, onde estava guardado o dinheiro arrecadado desde o final da tarde de sábado. Até o início da noite de ontem, a empresa não tinha o valor exato do prejuízo, estimado em R$ 350 mil -40% a 50% do valor em dinheiro e o restante em cheques e tíquetes-alimentação. Os assaltantes estavam equipados com telefones celulares, que utilizavam para se comunicar. Os funcionários acreditam que havia um grupo do lado de fora do supermercado que controlava o movimento e utilizava o celular para comandar a operação. Segurança O hipermercado está equipado com um circuito interno de TV que faz parte do sistema de segurança do estabelecimento. Antes de sair, os assaltantes destruíram as câmeras internas e levaram as fitas com as imagens. Segundo a assessoria de imprensa do Extra, os funcionários tiveram a impressão de que a quadrilha era muito experiente nesse tipo de assalto -o bando parecia seguro, sabia como agir e onde ir. A queixa foi registrada no 93º Distrito Policial (Jaguaré), já que a delegacia da área onde ocorreu o assalto (91º DP) não abre aos domingos. Segundo o 93º DP, caberá ao titular do 91º decidir se abrirá inquérito ou encaminhará a queixa ao Depatri (Departamento de Investigações sobre Crime contra o Patrimônio) para iniciar as investigações. Texto Anterior: "Justiça começou a ser feita", diz o pai Próximo Texto: Procurados acusados de abusar de crianças Índice |
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