São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 1997
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O PRESENTE E O FUTURO

A seguir, cada um dos Novos Baianos conta sobre seus projetos individuais e diz o que espera do futuro da banda.
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Moraes - "Lanço em novembro o disco '50 Carnavais', produzido por Davi Moraes, meu filho. É uma visão do Carnaval brasileiro, com músicas do repertório que o Brasil todo canta, que romperam a barreira da música de Carnaval e viraram canções brasileiras.
Quanto aos Novos Baianos, sempre achei que não é a gente que manda. Sempre que os Novos Baianos exigirem, vamos ter que voltar e fazer de novo. Mas é importante cada um fortalecer sua carreira solo. A soma das carreiras fortes é que vai fazer os Novos Baianos fortes. Nunca, se Deus quiser, vai acontecer de a gente fazer porque quer descolar um troco."

Paulinho - "Lancei o disco 'Todos os Sambas' e tenho um projeto de resgate da produção musical baiana do século, que farei com Edil Pacheco. Não tenho data prevista, porque precisa de ajuda oficial e patrocínio. Vai ter 26 músicas, com textos sobre a época e a vida de cada autor. Essa nossa volta traz um gás para minha carreira individual, mas tenho muita confiança de que, como da primeira vez, o trabalho vai durar, quem sabe para sempre, amém."

Baby - "Lancei o CD 'Um' e agora estou lançando uma banda de 11 mulheres -eu sou a 11ª, ou a um, não sei. Fiz audições com quem usasse minissaia, aceitasse colocar roupas sensuais e tocasse igual homem. Três delas são minhas filhas.
Novos Baianos para mim é a jóia do maior. Os meus ideais para o grupo são de preservar esse trabalho o mais que posso. Queremos viajar, para, como Moraes diz, matar a saudade de uns e a curiosidade de outros. Não quero transformar Novos Baianos num gancho de carreira, é algo imortal, não é nem nosso mais, é da MPB. Acho que devemos lançar outro CD no ano 2000 -quem viu, viu, quem não viu, só no ano 2000. Tenho muito respeito pelo nosso grupo, e não quero por nada neste mundo desgastá-lo."

Pepeu - "No ano que vem faço 20 anos de carreira solo e tenho um superprojeto, de lançar um disco duplo -um cantado e outro instrumental, com músicas inéditas e algumas participações-, meu primeiro homevideo e meu primeiro songbook. O futuro da gente está sendo hoje, aqui, maravilhoso. Estamos nos curtindo, o disco está aí. Sobre o que vamos fazer para a frente, sinceramente não tenho a menor idéia."

Galvão - "Lancei o livro 'Anos 70 - Novos e Baianos', que conta a história do grupo. Nos Novos Baianos eu era mais compositor, mas hoje tenho minha banda, faço o que Baby chama de rap do sertão. Queremos fazer shows, lançar esse CD pelo Brasil, para poder chegar ao ano 2000 com outra história nova para contar."

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