São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ultranacionalista deve ir ao 2º turno da eleição presidencial

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O líder radical nacionalista sérvio Vojislav Seselj deve ir ao segundo turno e enfrentar o candidato socialista, Zoran Lilic, à Presidência da Sérvia, indicaram resultados parciais das eleições realizadas anteontem no país.
As cifras divulgadas -foram apurados 75% dos votos- são surpreendentes, disseram analistas se referindo ao expressivo apoio obtido pelos radicais.
O candidato socialista, apoiado pelo principal político da Sérvia e atual presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, liderava com 37,5% dos votos apurados. Seselj estava em segundo, 28,5%, seguido pelo pró-monarquista Vuk Draskovic (23%).
Mantidos os resultados, um segundo turno deve ser realizado em 5 de outubro, e o apoio de Draskovic passa a ser disputado pelos dois candidatos mais votados.
A eventual vitória de Seselj significará um obstáculo a mais na implantação da paz na região dos Bálcãs, onde as tensões entre sérvios, muçulmanos e croatas ainda alimentam choques eventuais.
As potências ocidentais, principais patrocinadoras do fim dos confrontos, vêem Milosevic com reservas, mas o consideram menos prejudicial que Seselj.
Os resultados para a composição do Parlamento acompanham os números para a Presidência, e o apoio de Draskovic se desenha fundamental para formar uma coalizão majoritária.
O Partido Socialista (SPS), de Milosevic, obtinha a maioria das cadeiras (102 de um total de 250), seguido pelo Partido Radical Sérvio (de Seselj -80 deputados) e pelo Movimento de Renovação Sérvia, de Draskovic (48).

Texto Anterior: Solidariedade começa contatos para formar governo polonês
Próximo Texto: Presidente argentino anuncia aumento em aposentadorias
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.