São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 1997 |
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PSB do Ceará veta entrada de Ciro Gomes no partido
PAULO MOTA
O vereador Sérgio Novaes (PSB), membro da Executiva, disse que a decisão foi tomada porque a experiência histórica demonstra que Ciro Gomes e o PSB cearense nunca tiveram afinidades ideológicas. "Fazemos oposição ao PSDB do Ceará desde o governo do Ciro Gomes. Se ele próprio disse que não é de esquerda nem socialista, então não tem sentido apoiarmos a entrada dele", diz Novaes. Novaes repete o que disse na quinta passada o presidente nacional do PSB, Miguel Arraes. No dia seguinte, Arraes voltou atrás. Na nota de ontem, o partido diz que vê Ciro como um "um dos principais artífices do projeto neoliberal em nosso Estado". Preparação A definição do PSB cearense faz aumentar a probabilidade de Ciro Gomes negociar sua entrada no PPS (Partido Popular Socialista), caso realmente saia do PSDB. O senador Roberto Freire (PPS-PE) passou a tarde de ontem em Fortaleza preparando o diretório local para a possibilidade de Ciro Gomes se filiar ao partido. "Conversei com os companheiros e posso garantir que o Ciro será bem recebido no PPS", afirmou. Freire disse que não tem "nenhum indicativo concreto" de que Ciro optará pelo PPS, mas "tem elementos" para crer que essa possibilidade cresceu. A entrada no PPS é vista por amigos de Ciro Gomes como a ruptura menos radical com o PSDB e com o governador Tasso Jereissati. No Ceará, o PPS é uma espécie de sublegenda tucana, dando abrigo a políticos que não têm espaço no PSDB. O partido sempre se coligou com o PSDB no Estado. Segundo Freire, o PPS cearense tem quatro prefeitos e cerca de 50 vereadores. Freire foi ao Ceará para ver Ciro, mas a reunião foi desmarcada. Texto Anterior: Enfado popular Próximo Texto: PT quer que Itamar faça uma 'oposição radicalizada' a FHC Índice |
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