São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 1997
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Com ética, CNBB aceita a cirurgia

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na opinião da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a questão da transexualidade envolve aspectos mais complexos e mais amplos do que a cirurgia. O mais importante -lembra a CNBB- é que a pessoa seja respeitada na sua integralidade e a avaliação seja feita por equipe multidisciplinar.
"Nós achamos que a cirurgia é sempre traumatizante", disse dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo auxiliar de São Paulo e membro da comissão episcopal da CNBB.
"O paciente precisa da acolhida de uma equipe múltipla de profissionais capaz de ajudá-lo na possível integração de sua personalidade", afirma.
Mas, "se houver a comprovada desintegração dessa pessoa, até com tendências mutiladoras e autodestrutivas, o critério médico será decisivo".
Diante de um quadro de risco físico e psicológico para a pessoa, "é evidente que a cirurgia é eticamente aceitável", afirma. "O importante é que o bem global da pessoa seja considerado."
O bispo diz ainda que a transexualidade é um tema novo e complexo que merece reflexão.
(AB)

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