São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 1997
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Crise tucana faz Bolsa de SP cair 1,55%

LUIZ CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Além de agravar a crise do PSDB, a decisão do ministro Sérgio Motta (Comunicações) de deixar a direção do partido fez estragos na Bolsa de Valores de São Paulo.
As cotações chegaram a recuar 2,5%, no pior momento do dia, para fechar com desvalorização de 1,55%. Pior até do que o recuo dos papéis foi a falta de investidores interessados em entrar comprando.
No fechamento, o volume registrado pela Bovespa era de apenas R$ 562 milhões, contra uma média diária ao longo da semana passada de R$ 714 milhões. Essa média, na verdade, não pode ser considera assim nenhuma maravilha, já que em outros tempos o movimento girava em torno de R$ 1 bilhão.
Além da crise política em que se meteu o partido de FHC, os operadores mencionavam ontem o fraco desempenho do mercado de ações de Nova York, que fechou com pequena queda, como uma das explicações para o dia ruim da Bolsa paulista.
O fato é que a crise tucana assustou os investidores estrangeiros, derrubando o volume de negócios.
Dólar e juros
O desânimo que tomou conta das Bolsas não chegou a afetar os mercados futuros de dólar e de juros, negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
No caso do mercado futuro de dólar, as cotações chegaram inclusive a recuar um pouco.
Os contratos com vencimento em novembro, por exemplo, fecharam com queda de 0,03%, projetando correção cambial de 0,88% para outubro. Para setembro, essa taxa ficou em 0,58%.
Nova York
No mercado nova-iorquino de ações, o dia foi de realização de lucros, com muitos investidores optando por vender seus papéis depois da alta dos últimos dias.
Com isso, o índice Dow Jones de 30 ações fechou com baixa de 0,33%, a 7.970,06 pontos.
Como nos dias anteriores, o rendimento pago pelos títulos de 30 anos do governo norte-americano, concorrentes diretos das Bolsas nos investimentos financeiros, ficou abaixo de 6,40% ao ano. No fechamento, esses papéis pagavam uma taxa anual de 6,38%.
Com a ligeira alta dos juros e resultados não muito bons de algumas grandes empresas, as cotações não se sustentaram.

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