São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997 |
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Domingo terá manifestações
AURELIANO BIANCARELLI
"Estamos mais preocupadas do que felizes", disse Cristina Grela, que coordena, de Montevidéu, os grupos de Católicas pelo Direito de Decidir na América Latina e Caribe. Entre 4,5 milhões e 5 milhões de abortos são realizados por ano no continente. Estima-se em 6.000 o número de mulheres que morrem em decorrência de abortos feitos em condições precárias. Um número seis vezes maior acaba ficando com sequelas graves. Na maioria dos países, alianças entre a Igreja Católica e os governos estão fazendo retroceder as legislações sobre o aborto. Uma das poucas exceções é a Bolívia, onde os movimentos civis estão ganhando força. Ainda assim, "são os grupos antiaborto, e não as mulheres, que sairão à rua neste domingo", diz Cecília Olivares, que coordena, de La Paz, a campanha pelo aborto. Uma pesquisa que será divulgada hoje revela que 86% dos bolivianos acham que a decisão do aborto cabe à mulher e ao companheiro. Apenas 1% disse que a igreja deve decidir. (AB) Texto Anterior: O aborto na América Latina Próximo Texto: SP faz exames grátis de câncer de pele Índice |
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