São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997 |
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Nova morte é apurada no caso do soro Família pediu investigação FÁBIO GUIBU
Até ontem, 25 casos com 11 mortes haviam sido relatados à secretaria pela Sociedade de Anestesiologia de Pernambuco, que levantou a suspeita. A ocorrência de mais uma morte ligada ao caso começou a ser investigada ontem. "É até natural o aumento do número de casos suspeitos por conta da divulgação da ocorrência e do levantamento que estamos fazendo nos hospitais", disse Falbo. Ontem, a família de uma adolescente de 15 anos, morta em 17 de julho passado, procurou a secretaria para pedir a apuração do caso. A garota morreu depois de ser submetida a uma cirurgia de amígdalas e adenóide. O atestado de óbito não aponta a causa da morte. Também não há informação sobre o uso do soro sob suspeita na operação. O corpo da garota, segundo a secretaria, foi submetido a autópsia na época, e o exame não revelou sinais de acidente vascular, como ocorreu nas primeiras 25 supostas vítimas. Mesmo assim, Falbo determinou que o caso seja apurado. Técnicos da Vigilância Sanitária estão percorrendo hospitais e examinando os prontuários de todas as pessoas que utilizaram o medicamento e apresentaram reações. Segundo Falbo, além de amostras do soro, os técnicos estão recolhendo para análise remédios e materiais de uso médico, como tubos, seringas e agulhas. O laboratório Endomed, fabricante do soro, informou por meio de nota que desaconselhou o uso do produto até que as análises estejam concluídas. Segundo a empresa, apenas seis lotes do soro Ringer Lactato estão sob suspeita. A Secretaria de Estado da Saúde, no entanto, determinou a suspensão do uso do medicamento em Pernambuco, independente do lote. Telefone Parentes das supostas vítimas que acompanham as investigações divulgaram ontem o número de um telefone -(081) 421-3155- para registrar eventuais casos suspeitos. "Queremos catalogar todas as vítimas para podermos atuar em conjunto", disse o advogado João Martorelli, genro de Maria Lúcia Castro Pereira, 47, uma das supostas vítimas. Maria Lúcia Castro Pereira perdeu parcialmente a visão do olho direito depois de sofrer um acidente vascular cerebral. Ela havia sido submetida a uma cirurgia de vesícula e teria sido tratada com o soro. Segundo Martorelli, até as 12h de ontem, 17 ligações com relatos de casos semelhantes foram recebidas em seu escritório, onde está instalado o telefone. O advogado não soube informar se esses pacientes estão ou não incluídos na lista das 25 supostas vítimas, porque os 25 nomes não foram divulgados pela Secretaria da Saúde e pela sociedade de anestesiologia. A Secretaria da Segurança Pública designou ontem o delegado da Polícia Civil Esdras Marques para acompanhar as investigações. O Ministério Público também acompanha o caso. Texto Anterior: Meningite mata bebê em Indaiatuba Próximo Texto: Vera Fischer discute peça na clínica Índice |
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