São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997 |
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Tropa discorda do comando em operação
DA REPORTAGEM LOCAL O comando da Polícia Militar de São Paulo e a tropa não se entenderam ontem, no segundo dia da Operação Metrópole, realizada na Grande São Paulo.A determinação do chefe do CPM (Comando de Policiamento Metropolitano), coronel Valdir Suzano, era para que os policiais, inclusive os dos setores administrativos, saíssem às ruas, fizessem bloqueios e abordassem as pessoas suspeitas. Mas, nas ruas, a situação era outra. A maioria dos policiais estava parada em cruzamentos, visando inibir a ação de criminosos. Policiais ouvidos pela Folha afirmaram que o principal objetivo da operação era a "ação de presença" em pontos com muitas ocorrências de assalto. A Operação Metrópole é uma das prioridades da gestão do coronel Carlos Alberto de Camargo no comando-geral da PM paulista. Camargo, que está informalmente no comando desde a semana passada, assume oficialmente o cargo hoje. Além da Metrópole, foi realizada ontem pela primeira vez a Operação Jeca Tatu, com o objetivo de diminuir a criminalidade no interior (leia texto ao lado). Cruzamento Demonstrando a falta de sintonia entre o comando e a tropa, o tenente Marcelo Fernando Borsio, do 23º batalhão (Pinheiros, zona sudoeste), afirmou que tinha a determinação de que a maioria dos policiais deveria ficar nos cruzamentos mais perigosos da região. "O objetivo principal é a ação de presença", afirmou Borsio. "Apenas a presença ostensiva dos policiais nos cruzamentos já coíbe a criminalidade." Na tarde de ontem, havia duplas de policiais na maioria dos cruzamentos das avenidas Rebouças, Brigadeiro Faria Lima, Doutor Arnaldo, Brasil e Nove de Julho, que ficam nos bairros de Pinheiros e Itaim Bibi (zona sudoeste). Mas, na mesma região, havia apenas duas operações de bloqueio: na avenida Nove de Julho e no cruzamento da avenida Sumaré com a rua Henrique Schaumann. "Recebemos ordem para ficar fazendo policiamento nos cruzamentos e só sair com o carro quando formos chamados", falou o soldado José Carlos da Silva, que estava no cruzamento das avenidas Brasil e Rebouças com três PMs. Texto Anterior: Juiz acata denúncia no sequestro de Ota Próximo Texto: 'Houve falha no entendimento' Índice |
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