São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997
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Dono da Encol diz que pagou dívida de irmão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O acionista majoritário da Encol, Pedro Paulo de Souza, disse aos promotores da Prodecon (Promotoria de Defesa do Consumidor) que pagou "do próprio bolso" uma dívida pessoal de Francisco Flávio, seu irmão, no valor de R$ 175 mil ao banco BMC.
Com esse pagamento, ele afirmou que conseguiu negociar juros mais baixos para uma dívida de R$ 1 milhão da Encol com o mesmo banco.
Perguntado se a operação não era, no mínimo, estranha, o promotor Guilherme Fernandes Neto se esquivou. "Perguntem a ele", disse aos jornalistas.
Durante as seis horas de depoimento na Prodecon, Pedro Paulo afirmou que a crise da empresa foi uma consequência dos juros altos praticados pelo mercado depois da implantação do Plano Real.
Ele negou que parentes que exerciam cargos de direção no grupo tenham tirado dinheiro da construtora. "Nós estávamos enxugando a empresa", afirmou ele sobre a colocação de parentes em cargos importantes.
O ex-superintendente-executivo da diretoria do Banco do Brasil Manoel Pinto de Souza Júnior não compareceu ontem para prestar depoimento.

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