São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997
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Bolsa de SP recua 0,85% em dia fraco

LUIZ CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo registrou ontem o menor volume de negócios desde 5 de maio. No final do dia, o total negociado era de apenas R$ 390,4 milhões.
Na semana passada, o volume médio negociado por dia ficou em R$ 714 milhões, ou seja, ontem houve um recuo de quase 50%.
Com os investidores evitando o risco de trocar de posições, o Ibovespa, principal indicador do mercado paulista, fechou com queda de 0,85%, a 11.384 pontos.
Segundo analistas, o mercado financeiro local vive um momento de falta de notícias relevantes (do ponto de vista de um investidor) aliado a uma indefinição do mercado de ações de Nova York.
Paulo de Sá, gerente de renda variável do Lloyds Bank, considera que o risco de se movimentar nesses momentos é grande, porque o mercado pode reagir com intensidade a qualquer fato novo.
"A essa altura está todo mundo esperando que o mercado se defina. E essa calmaria aumenta muito o risco", avalia.
Segundo ele, apesar do bom fluxo nos primeiros 19 dias de setembro, quando houve um saldo positivo de cerca de US$ 400 milhões, nos últimos dias os investidores estrangeiros se retraíram.
E para piorar a situação houve também algum resgate nos fundos de investimento, o que contribui para reduzir a temperatura dos negócios. O que pode mudar o ânimo dos investidores, por exemplo, é uma decisão sobre a questão dos recibos de Tel 5.
Nova York
A Bolsa de Nova York voltou a fechar em baixa ontem, recuando 0,74%, por conta de alguns indicadores macroeconômicos ruins, que mostram sinais de aquecimento da economia dos EUA.
Esses indicadores fizeram o rendimento pago pelos títulos de 30 anos fechar a 6,40% ao ano, contra uma taxa no fechamento do dia anterior de 6,38%.
O que provocou a retração das ações foi a informação divulgada ontem pelo Departamento de Comércio dos EUA de crescimento das encomendas de bens duráveis de 2,7% em agosto.
O mercado recebeu mal também a queda do número de pedidos de auxílio-desemprego, que totalizou 306 mil na semana passada, ou seja, 2.000 menor que o da semana anterior.

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