São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997 |
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IR no Brasil é menor que média da AL Imposto é maior no 1º Mundo DA REPORTAGEM LOCAL A alíquota de Imposto de Renda paga pelas empresas instaladas no Brasil é menor do que o imposto médio cobrado no conjunto dos países da América Latina.A conclusão é de pesquisa feita pela empresa de consultoria KPMG, que comparou as alíquotas de Imposto de Renda para empresas em mais de 60 países entre 1º de julho de 96 e 1º de julho de 97. O levantamento revela que os países da América Latina têm alíquotas médias próximas de 30%. No Brasil, aponta o estudo, a alíquota máxima para pessoas jurídicas é 25%. A pesquisa mostra que o Imposto de Renda da pessoa jurídica é, em geral, mais baixo nos países menos desenvolvidos. Países desenvolvidos O imposto é maior nos países desenvolvidos que integram a Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento e a União Européia. A alíquota do Imposto de Renda para as empresas instaladas nesses países é de cerca de 37%, em média, mostra a pesquisa. Em alguns países do Sudeste Asiático, as alíquotas são próximas das taxas cobradas na América Latina: em torno de 30%. Na Alemanha, o imposto chega a 57,42% (sobre os lucros retidos). Na Itália, atinge 53,2%. No Japão, 51,64%. Na América Latina, a Argentina tem alíquota de 33%, o México, 34%, e o Paraguai, 30%. Na região, somente Chile (15%) e Equador (20%) têm imposto inferior ao cobrado das empresas brasileiras. Atrair investimentos A pesquisa da KPMG, divulgada ontem, afirma que "a tendência para alíquotas mais baixas em regiões menos desenvolvidas reflete um esforço dos governos locais para atrair investimentos." A KPMG é uma das maiores empresas de consultoria do mundo, com 1.100 escritórios localizados em 147 países. O estudo mostra que 9 dos 60 países incluídos na pesquisa decidiram reduzir as alíquotas do Imposto de Renda em relação ao ano anterior. Segundo a pesquisa, os países procuram aumentar suas receitas com o aumento de eficácia de seus sistemas de impostos. Há atenção maior em relação às multinacionais e fortalecimento das regras sobre preços de transferência. A KPMG ressalta que o Imposto de Renda é apenas um aspecto dos custos básicos da empresa. "As empresas podem ser afetadas por diversos fatores, incluindo tributação direta ou indireta e bases de cálculo sobre as quais tais tributos são cobrados", entre outros. Também devem ser considerados os incentivos oferecidos por vários países para atrair novos negócios. Texto Anterior: Bolsa de SP recua 0,85% em dia fraco Próximo Texto: Empresários protestam e pedem menos impostos Índice |
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